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Michel Houellebecq escreveu Submissão, um romance que trata da ascensão turbulenta de um muçulmano à presidência francesa, e consequente estabelecimento de uma ordem islâmica. Depois de ter ganho o Prémio da Academia Francesa com 2084, o argelino Boualem Sansal viu-o ontem consagrado como o melhor livro do ano em França, segundo a revista Lire. E de que trata 2084? De uma ditadura global muçulmana (o Abistão, inspirado no império de Orwell), fundada sobre dois pilares: a amnésia e a submissão a um deus único e cheio de interditos, onde não há história e a linguagem é rigorosamente vigiada e codificada. Sansal é argelino, sabe do que fala: assistiu aos horrores dos fundamentalistas no seu país, não é um “ocidental atrevido”. Para os radicais, é muito pior: um apóstata condenado à morte.
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