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Depois da invenção do motor de explosão, a humanidade não pôde fingir que o engenho não tinha sido inventado; ou seja, não se pode recusar tomar conhecimento daquilo que já conhecemos. Não podemos “desver” aquilo que acabámos de ver. A mesma coisa ocorre com os mais recentes desenvolvimentos da Inteligência Artificial (IA) que, desde os anos 90, é um horizonte para o nosso dia-a-dia do futuro. O problema é que verifico, com acrescido terror, que há perigos dramáticos no seu uso – e que é preciso controlar os seus efeitos e o modo de usar. E que há riscos excessivos quando fica refém de pessoas deslumbradas de otimismo e que imaginam o mundo sem sair da sua bolha (do seu deslumbramento infantil) ou sem medir as consequências para os outros – e para os excluídos da festa. Na ciência, na educação, no jornalismo, na administração pública, na ciência – os seus efeitos serão definitivos e o mundo vai mesmo mudar. Já estamos a discutir isto? Claro que não. A IA está a ser o elefante invisível.
Da coluna diária do CM.
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