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A borboleta afegã.

por FJV, em 19.08.21

A história do Afeganistão repete-se com uma regularidade assustadora. Depois da ocupação britânica (descrita por Eça de Queirós), da soviética (que marcou o fim do império mal os tanques regressaram a casa) ou da americana (que mostra os EUA consagrados aos seus interesses mais próximos), o Afeganistão volta ao ponto de partida: um enorme território controlado pelo fanatismo local e namoriscado pelos inimigos do “Ocidente” (a Rússia e China à cabeça). Como em política externa não há valores, mas interesses – como ensina a História –, o Afeganistão nas mãos dos talibãs é uma espécie de ‘caso perdido'. O problema é que, para a “consciência ocidental”, que julgava arrumadas essas questões depois de encerrados os capítulos do Estado Islâmico e dos atentados terroristas na Europa (a imprensa fecha os olhos ao que acontece em África), e de limitada a pandemia, o mundo vai agora passar por uma nova e inesperada desorganização. Como geralmente não sabemos como vai ser o futuro e somos ignorantes em relação ao passado, o bater de asas de uma borboleta em Cabul vai sentir-se por todo o lado.

Da coluna diária do CM.

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