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A pobreza, os regimes corruptos e as suas ditaduras africanas são muito úteis para as grandes corporações e a «diplomacia económica». Nesse conluio, as populações são um óbice e um pormenor. Por isso, os discursos de Obama sobre África marcam uma mudança na mensagem do Ocidente sobre o tema: África tem de deixar-se de lamúrias e aproveitar as oportunidades, aplicar bem os recursos e afastar os ditadores e os seus regimes militares. Não é assim tão fácil, mas Obama, que é negro, pode dizê-lo com à vontade e liberalidade. A moda da diplomacia económica, que tem a sua herança histórica, manda negociar com ditaduras em Tripoli, Luanda ou, se necessário, no Zimbabué. Obama veio relembrar o essencial – e que até aqui era criminoso dizer.
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