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Códigos.

por FJV, em 12.04.09

Acompanho, com atraso, a onda de indignação por causa do dress code numa Loja do Cidadão em Faro. Uns atacam as regras de vestuário porque elas atentam contra a liberdade individual; outros, porque são obra de Dona Pulquéria e um nome assim parece-se com Dona Pombinha. Tirando a referência à «lingerie preta» (cuja «proibição» parece que já foi desmentida, e que não deve ser chamada para lado nenhum) e às «gangas», a coisa parece mais ou menos equilibrada. Há uns anos, um sindicato chamava fascista a um departamento do Ministério da Educação que teve a gentileza de pedir a um professor que não se apresentasse, nas aulas, de camisa de fora, bermudas e havaianas (os alunos chamavam-lhe um regalo e colavam-lhe papéis nas costas). Em Setembro de 2004 houve um problema idêntico com o regulamento de uma escola de Colares, que proibiu «minissaia, calções, chinelos, decotes ou dizer palavrões». Jorge Bacelar Gouveia dizia que o regulamento punha em causa «a liberdade pessoal e a liberdade de apresentação» -- eu também achei, mas não me pareceu assim tão mal.

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12 comentários

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De Clara França Martins a 12.04.2009 às 16:23

Prossegue o drama. Agora é a vez de Manuel Alegre, que amíude regressa com estrépito ao mundo do exílio em Argel, para denunciar o «cariz fascizante» (claro) do código de vestuário na Loja do Cidadão de Faro. Curiosamente, nunca o vi criticar o código de vestuário para as funcionárias da Assembleia da República.

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De RC a 12.04.2009 às 16:53

Já vi professores que se apresentam quotidianamente nas escolas vestidos de modo formal a quem regularmente eram colados papéis nas costas pelos alunos, para não falar de coisas bem piores. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. A competência profissional não tem relação (nem directa nem inversa) com a apresentação exterior.
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De Miguel Barroso a 12.04.2009 às 17:14

Não me parece muito mal, de facto. Há de haver equilíbrio.
O que me parece mal é que isso seja notícia.
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De Amêijoa Fresca a 12.04.2009 às 17:56

A roupa interior posso vestir
sem olhar às suas colorações,
esta forma de “investir”
tem contornos de denegrições.

Um perfume agressivo?!
Quais são as marcas permitidas?
Que moralismo ostensivo
de fragrâncias incontidas!

O mexilhão elegante
na maneira de vestir,
fica deveras ofegante
com este modo de agir!
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De Filipe Domingos a 12.04.2009 às 19:57

A mim também me parece que tem que haver algum bom senso das trabalhadoras. O que eu vejo por vezes é o que me parece uma competição entre mulheres para ver quem expõe mais o seu corpo. Mostras a barriga, então toma lá eu ainda mostro mais. Mostras o início das mamas, então eu mostro mais. Parece que é esta a competição. Eu enquanto apreciador de coisas belas, até me atrai uma visão dessas.
Mas no serviço parece-me excessivo. Na sua vida privada, por mim até podem andar com tudo à mostra, será extremamente agradável.
Espero que não achem o comentário machista....
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De Jose Santos a 12.04.2009 às 22:17

Tudo?!
Só se forem novas e jeitosas!
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De O Crente a 13.04.2009 às 09:55

Já estivemos muito mais longe!
Que pegue a moda de vez!
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De jcb a 13.04.2009 às 00:52

Eu só não percebi por que razão, proibindo-se a mini-saia e o decote, se avançam (por redundantes) acrescidamente restrições relacionadas com a cor da roupa interior.
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De LUIS BARATA a 13.04.2009 às 11:46

Regular a cor da roupa interior quererá dizer que há muitas transparências nas vestimentas usadas pelas sras.funcionárias? Não vejo outro motivo. Terá de ser tudo em cor de carne...
Melhor seria que despachassem os cartões de cidadão que por este andar...
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De Nuno Pinho a 13.04.2009 às 15:20


A mim não parece nada bem. O bom senso não precisa de ser regulado, e colocar a moral acima da liberdade também não se afigura bom caminho.
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De Jose Luis a 13.04.2009 às 23:36

Gostei particularmente do aspecto desalinhado do sindicalista que discursou nas televisões contra tal loucura normativa! Se olharmos para a criatura percebemos porquê o código é tão mal vindo. Um pente ou uma roupinha lavada não faziam, mal a ninguém!!!!
Agora a sério em qualquer empresa existem códigos de conduta e de apresentação e só quem está mal habituado com estas coisas da apresentação pode bradar aos céus com esta medida.
Ponham estes funcionários públicos e respectivos sindicalistas numa empresa privada e vamos vêr quanto tempo se aguentam...
Trabalhem que é para isso que lhes pagamos!!!!!
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De Te lo digo yo a 14.04.2009 às 08:50

Regresso às fardas e batas no local de trabalho, já! :)

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