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Nada é perfeito como a tua noite
se um outro sol já nela se levanta
quota-parte de treva que anuncia
a traço grosso o rosto claro instante.
Olhos febris a boca estremecendo
à simples sugestão da queimadura
movimento subtil age os quadris
de um frémito possante os insinua.
Barco fundeado no horizonte
movimento do vento que se espanta
se acaso a luz feroz evidencia
prata líquida de fuel flagrante.
A noite inunda-te. Pueril respiração ao peito erguendo
o que espelha no mar sua moldura
zona de sombra onde tudo me diz
que antes mesmo da nudez já estavas nua.
Bernardo Pinto de Almeida, Segunda Pátria.
Edição & etc.
[Capa de Mário Cesariny]
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