Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]



Dia da poesia.

por FJV, em 21.03.09

 

Nada é perfeito como a tua noite
se um outro sol já nela se levanta
quota-parte de treva que anuncia
a traço grosso o rosto claro instante.

Olhos febris a boca estremecendo
à simples sugestão da queimadura
movimento subtil age os quadris
de um frémito possante os insinua.

Barco fundeado no horizonte
movimento do vento que se espanta
se acaso a luz feroz evidencia
prata líquida de fuel flagrante.

A noite inunda-te. Pueril respiração ao peito erguendo
o que espelha no mar sua moldura
zona de sombra onde tudo me diz
que antes mesmo da nudez já estavas nua.

Bernardo Pinto de Almeida, Segunda Pátria.
Edição & etc.
[Capa de Mário Cesariny]

Autoria e outros dados (tags, etc)


1 comentário

Sem imagem de perfil

De Niet a 22.03.2009 às 13:09

Este é um grande poema do Amor. Usando as técnicas dificéis e supremas da poesia da poesia. De referir que, como Paulo Tunhas e Eduardo Pais Barroso, Bernardo Pinto de Almeida realizou a pulso, no Porto, uma " carreira " intelectual de grande mérito e com óptimos resultados: porque livre,corajosa e muito elaborada.Niet

Comentar post




Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.