De Adolfo Contreiras a 20.03.2009 às 19:36
Pois é, entregar a democracia a quem não é democrata acaba assim, normalmente. O pcp mais claro e o bloco mais dissimuladamente no seu discurso plitico-moralista, palmilhariam o mesmo caminho se obtivessem um dia poder para tal. Seria inevitável face às propostas que continuamente propôem para a resolução da economia. O estado e tipo de sociedade actual, e desde sempre, não foi inventada, não foi elaborada e tirada da cabeça de nenhum sábio ou filósofo, é o caminho aberto por infinitos momentos históricos necessários e possíveis em cada desses momentos-estádio de desenvolvimento da sociedade. A sociedade desde o primitivismo à era actual é um caminho contínuo, uma linha de zigue-zagues e altos-baixos, um traçado(curva) sem representação matemática, não equacionável. Ao querer alterar abruptamente essa linha histórica, ao tentar criar uma descontinuidade nessa linha de sociedade com milhões de anos, o homem fá-lo por meio dos artifícios sociais que pensadores pensaram ter inventado.
Pois, houveram várias experiências desde os gregos (Licurgo, Pitágoras, Empédocles, Platão), depois recentemente Marx e foi o que se sabe em todos os casos. Mas ficou a receita para todos os amantes do poder absoluto, discricionário, concentracionário, vingativo, selvagem. Os povos sofrem, alienam-se, miserabilizam-se mas sobrevivem para, atingido o beco sem saída do atalho, retornarem ao seu caminho histórico, ligarem a linha e apagar a descontinuidade.