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1. Depois do erro de Helton, salvemos Helton. Depende: salvamo-lo porque é nosso; fosse adversário e teríamos o direito e o dever de inventar piadas sobre o assunto. Mas Helton, o Homem de Borracha, é um caso à parte, porque é nosso. Já é preciso ter pontaria. Azar, queria eu dizer. Helton tem de salvar-se a si próprio.
2. Repito: no futebol, dizia Nelson Rodrigues, há uma glória desmedida no pequeno resultado. A goleada deixa o adversário humilhado e o vencedor convencido de uma importância que às vezes não tem; portanto, quando o FC Porto baila às avessas, é preferível ganhar pela margem mínima, que tinha a virtude de manter as equipas à beira do abismo e, portanto, em estado de alerta.Mas hoje todos queríamos ganhar «de goleada». Num mundo perigoso e aborrecido, já não temos paciência para disputas complicadas. Eu tinha apostado no 3-1. Também queria golos.
3. De alguma maneira, Jesualdo Ferreira sabe, este é o momento chave na época 2008-2009: ou se segue em frente, ou se começa a flutuar ao sabor dos desastres. O ideal seria uma regularidade pendular. É o contrário da paixão sem limites; mas todos temos problemas com o coração.
4. «Volto ao mesmo: não me importo de ganhar por meio golo de vantagem. Por um golo de nada, até um miserável golo que faça mais pela corrida ao campeonato do que uma exibição daquelas, fantástica, com sujeito, predicado & complemento directo. Prefiro isso aos lamentos. Mas gostava de ver um belo jogo, mesmo assim. Um jogo leal, aberto, mas com meio golo de vantagem – pelo menos – para o meu lado.» Recordo isto depois de um 4-1 que não admite posts curtos. Hulk, quando pode e tem o vento a seu favor, é o motor da equipa e do ataque. Fulgurante como um raio se encontra uma lateral desabrigada.
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