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Edmundo Pedro foi ao congresso falar mas, no Público, esclarece o que quis dizer sobre isso do medo no PS. Afinal, eu tinha razão. Não era medo de falar; era medo de perder o emprego ou o cargo político para que se tinha sido nomeado: «Se é medo de "perder o emprego", talvez aconteça que o emprego tenha sido oferecido em troca de silêncio (regra de ouro do sistema "job for the boys"), e deve (num rasgo de coragem pessoal, muito admirável) denunciar-se publicamente, mesmo se se perder o emprego.» Nisso, parece-me, há regras: ai foi um cargo de nomeação política?, ai foi uma direcção-geral porque era do partido? Pois, aí admito que haja medo, sim; mas é bem feito. Não se pode ser «desempregado da política» (a expressão, ingénua e deliciosa, é do próprio Edmundo Pedro), aceitar o job for the boy e, depois, pregar partidinhas ao chefe. Por isso é que, de vez em quando, se fala em homens livres. Mas só de vez em quando; e esses não têm medo.
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