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O episódio de Torres Vedras, na verdade, não merece grande estipêndio de energia (já usei a palavra estipêndio), porque proibir que apareça um monitor do computador Magalhães, e logo esse, com a primeira página da pesquisa «Google=mulheres» é coisa de gente demente. Portanto, rimo-nos da história, atribuímo-la ao excesso de zelo de uma Dona Pombinha de província estacionada no tribunal local. Mas há a queixa, a miserável queixa, a queixa atenta, a denúncia por causa da moral, a queixa virtuosa que vai parar ao tribunal por causa das imagens e por causa do Magalhães a desfilar entre corpos plácidos e cheios de frio, expostos à «cupidez dos foliões». Portanto, como gente decente, desviamos o olhar e rimo-nos como de costume, dizendo que não tem importância. Não tem. Hoje, é isso que não tem importância. Amanhã, a Justiça, a Justiça que tem tempo para estas minudências, manda encerrar o bom humor e põe a gargantilha depois de alguém fazer queixa por causa de sabe-se lá o quê.
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