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A revista New Yorker publicará um texto de Ian McEwan sobre Salman Rushdie; não sobre Rushdie propriamente, mas sobre os primeiros dias da clandestinidade a que o escritor foi obrigado depois de o ayatollah Khomeiny o ter condenado à morte. McEwan abrigou-o numa casa de campo e escondeu-se com ele enquanto o Hezbollah e outros grupos fundamentalistas procuravam o autor de Versículos Satânicos' para o matar. Surpreendo-me com muitos ocidentais fascinados com o fundamentalismo islâmico, e que não resistiram aos encantos do servilismo e à «questão religiosa». Estranho como muitos compatriotas meus se colocam ao lado dos assassinos, defendendo a eliminação sumária de um escritor, como se pode odiar tanto e como se pode duvidar da ideia de liberdade. Foi há 20 anos.
[No Correio da Manhã]
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