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Afinal, como de costume, a ONU mentiu.

por FJV, em 04.02.09

Como de costume, a ONU mentiu: o mais criticado dos ataques israelitas (a 6 de Janeiro, contra instalações das Nações Unidas em Gaza), afinal, não aconteceu. Um mês depois (ah, quando a ONU acorda nunca é tarde), Maxwell Gaylord (coordenador das operações humanitárias da ONU) reconhece que o disparo «did not hit one of the United Nations Relief and Works Agency schools after all»; «the IDF mortar shells fell in the street near the compound, and not on the compound itself».

A imprensa não se vai ocupar a desmentir a propaganda que publicou, como não se ocupou a desmentir todas as notícias falsas publicadas sobre Israel, como não publicou manchetes sobre os fuzilamentos sumários e a «limpeza geral» a que o Hamas procedeu em Gaza (e cujas imagens, publicadas neste blog, por exemplo, chocaram muitos leitores sensíveis). Recordo, aliás, que durante o célebre «massacre de Jenin» se ouviram os números mais estapafúrdios: mas tudo começou com 500 mortos entre a população civil. Na altura, o represente sueco da ONU chegou ao aeroporto Ben Gurion, vindo de NY, e  – com aquela arrogância de quem tem a história e a imprensa do seu lado – confirmou «o massacre de Jenin», na mesma altura em que a Al-Jazeera passava imagens de confrontos e declarações de representantes do Hezzbollah e do Hamas dizendo que estavam a «dar luta aos sionistas». Uma semana depois, o representante da OLP na ONU falava em 75 vítimas. Uns dias depois, havia 37 vítimas entre os palestinianos e 23 entre os israelitas. Lá se ia a numerologia da propaganda em que a pobre imprensa e a rapaziada «do internacional» caem sempre (sobretudo quando se menciona o mapa do Médio Oriente e há possibilidade de andar de lencinho ao pescoço). Daqui a umas semanas, lá iremos.

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6 comentários

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De ALC a 11.02.2009 às 14:08

Afinal, como de costume, crónicas fascistas.

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