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Joyce, 127 anos.

por FJV, em 04.02.09

 

James Joyce nasceu há 127 anos. Cumpriram-se na segunda-feira. O Ulysses faz parte do conjunto de monumentos da nossa cultura (acabo de pegar na minuciosa tradução de Dubliners, por Guillermo Cabrera Infante), seja ou não de difícil leitura – é a narração de uma aventura pelas ruas de Dublin, mas a cidade é um território simbólico, peregrinando sem cessar das oito da manhã às duas da madrugada. O livro anuncia uma espécie de desordem na literatura e na vida, como trezentos anos antes o fazia o Tristram Shandy, de Sterne, romance dos romances, livro fundamental. E como antes o fazia Cervantes com o seu Quixote. A nossa história é a história desses livros (como O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë), mas não o sabemos. Livros assim completam a nossa ideia do mundo, inventam os nossos desamores e os nossos temores, a solidão e a perturbação de leitores distraídos.

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3 comentários

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De a. pinho cardão a 04.02.2009 às 00:35

Parafraseando o meu amigo, diria também que blogs como Origem das Espécies completam a nossa ideia do mundo.
Saúdo daqui o renascimento da Origem !...
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De FJV a 04.02.2009 às 00:59

Obrigado!!
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De Manuel da Silva Carvalho a 05.02.2009 às 01:00

A obra básica de Joyce, Ulysses (editado em Paris em 1922), a par de Retrato do Artista Quando Jovem (1916), aparece em língua portuguesa pela primeira vez, na tradução brasileira de António Houaiss, publicada no Brasil em 1966, pela Editora Civilização Brasileira. Esta tradução obteve um êxito estrondoso no Brasil (cf. Campos, 1971) e ao longo de quase vinte anos foi sendo discretamente vendida em Portugal.

O romance Olysses é uma narrativa contínua que cobre cerca de 18 horas de um dia (16 de Junho de 1904) na vida de um judeu-irlandês Leopold Bloom, na cidade de Dublin.

Livros assim completam, de facto, a nossa ideia do Mundo. Mas que, ao lê-lo, garanto que aumentará a solidão ou a perturbação a muitos leitores distraídos com a angustia de uma crise que nem um qualquer Ulysses vencerá.

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