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James Joyce nasceu há 127 anos. Cumpriram-se na segunda-feira. O Ulysses faz parte do conjunto de monumentos da nossa cultura (acabo de pegar na minuciosa tradução de Dubliners, por Guillermo Cabrera Infante), seja ou não de difícil leitura – é a narração de uma aventura pelas ruas de Dublin, mas a cidade é um território simbólico, peregrinando sem cessar das oito da manhã às duas da madrugada. O livro anuncia uma espécie de desordem na literatura e na vida, como trezentos anos antes o fazia o Tristram Shandy, de Sterne, romance dos romances, livro fundamental. E como antes o fazia Cervantes com o seu Quixote. A nossa história é a história desses livros (como O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë), mas não o sabemos. Livros assim completam a nossa ideia do mundo, inventam os nossos desamores e os nossos temores, a solidão e a perturbação de leitores distraídos.
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