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Éramos da mesma idade mas de gerações diferentes. Ela chegou antes a vários lugares – a muitos livros e intuições. Tereza Coelho, que agora partiu, não foi apenas uma das nossas melhores jornalistas da área da cultura; foi também uma editora que mudou o mundo à sua volta. No ano passado morreram dois editores invulgares, corajosos e cultíssimos, que transformaram o mundo da edição, Rogério de Moura (Livros Horizonte) e Figueiredo de Magalhães (o genial criador da Ulisseia). De algum modo, é uma parte do mundo da edição que desaparece e fica mais pobre. Não podia ser de outra maneira: editar não é publicar livros. É chegar antes a vários lugares; aos livros, mas sobretudo aos livros que fazem falta a alguém que não é como nós. É escolher. É imaginar. Imaginar o mundo.
[Da coluna do Correio da Manhã.]
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