Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]



75 por cento.

por FJV, em 19.12.08

Houve um tempo de completa indigência nas escolas. Uma parte da “classe” safava-se como podia e fazia o papel do funcionário público previamente cansado, evitando o trabalho, aproveitando o artigo 4.º, subindo com diuturnidades e antiguidades, gozando férias prolongadas, recusando avaliações e formação. Com o tempo, a coisa mudou. A escola era vigiada e, ela própria, exigia mais atenção. Ontem, um estudo mostrava que 75 por cento dos professores escolheria outra profissão. É um bico de obra. Não se pode ter uma escola pública de qualidade com o actual ambiente de desconfiança. Por um lado, tem de haver mais exigência e mais rigor; por outro lado, os professores não podem ser tratados como sentinelas de aula ou funcionários do Ministério. É esse o dilema dos dias de hoje.

Autoria e outros dados (tags, etc)


2 comentários

Sem imagem de perfil

De isabel prata a 19.12.2008 às 11:16

também ouvi o resultado desse estudo e só pude pensar "que tontice", isso é o que se chama uma oca e inconsequente fuga para a frente ;iriam todos para médicos, ou para empregados de secretaria? Muitos deles até são engenheiros ou economistas ou arquitectos ou até licenciados em direito ou fizeram o ramo científico de uma licenciatura para serem investigadores, mas foram para ali, porque era o mais fácil, o mais à mão. E esse é um dos problemas. Se calhar as centenas de desempregados dos cursos de Direito também diriam, se fosse hoje escolhia outro curso. Não sou exemplo de nada mas eu já fui professora e agora sou investigadora numa universidade e quantas vezes já bati com a cabeça na parede por ter deixado de o ser, ganhei algumas coisas (gosto do que faço, mas também gostava antes) mas perdi tantas outras.

Julgam o quê, que nas outras profissões é o paraíso?

Comentar post




Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.