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Múmias.

por FJV, em 19.12.08

Uma pessoa quer estar de boa-fé, mas acaba sempre mal servido. O PSD abstém-se na terceira votação sobre o estatuto dos Açores sabendo que faz mal e que podia ter-se arrependido da asneira inicial, mas tem medinho do anti-ciclone. Mais: proibiu mesmo alguns deputados de votarem contra. Ah, disciplina partidária, tão cumpridor que está o partido. Ainda bem, como diz o Tomás Vasques, que o PSD «não está para concordar com presidentes da República que não conhece de lado nenhum». Que nem uma múmia.

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1 comentário

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De Manuel Pereira da Rosa a 21.12.2008 às 08:56

O PCP diz que a lei viola mas aprova. Delinquentes assumidos.
O PSD diz o mesmo mas abstêm. Cúmplices da delinquência e delinquentes envergonhados.
O CDS, o BE e mais um rapazinho de rabo de cavalo, todos ignorantes e alguns pomposos aprovam e dizem que são querelas. Os poderes que não são do Presidente da República, mas que lhe foram atribuídos e que ele tem o dever de defender por respeito ao seu soberano, são querelas .
A questão não é diminuir os poderes do Presidente. Até poderia ser aumentar os poderes. O que se fez é inadmissível.
Suponhamos que a Constituição dizia:
O Presidente da República deve ouvir os passarinhos.
Os jornais publicavam a foto de S. Exª de olhos semicerrados no jardim e todo o povo ficava pacificado.
Suponhamos que se transcrevia na íntegra essa norma para regulamentos regionais.
Os jornais regionais iriam dizer que o Sr. Presidente da República não não era imparcial na audição.
Suponhamos ainda que apareciam maiorias conjunturais tão indigentes como aquela que provocou o triste espectáculo da votação do Código dos Açores, a votar códigos diferentes para cada região.
Suponhamos a regionalização do Continente, com a qual concordo desde que se acabe com os distritos e apenas cinco: separadas pelo Tejo e Douro com alguns acertos nas margens, mais Lisboa e Porto. Imaginem a confusão.
Alterar o âmbito de uma lei é alterar a lei.
E os comentadores ? Quanta superficialidade?
Assim não vamos a lado nenhum .
Nasci nos Açores e lá vivi até aos 18 anos mas nunca vivi na Região Autónoma dos Açores. Vivi no Distrito Autónomo da Horta e ainda bem que tinha esse estatuto. Se o Governador Civil da Horta, Dr. Freitas Pimentel, tivesse apenas os poderes de um Governador Civil do Continente , a tragédia dos Capelinhos poderia ter sido maior.
Este César com pose de Augusto da treta não presta.
Parece que, lá como cá, estamos entregues à bicharada.
Manuel Rosa

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