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O capital.

por FJV, em 15.12.08

 

Alberto João Jardim acha que há “grupos dentro do PSD” que querem a vitória de José Sócrates para poderem, diz ele, “defenderem os seus interesses económicos”. Não é grande novidade. Para retomar um lugar-comum de séculos, o capital não conhece pátria nem se empata com minudências. Pode ser cruel, mas não deixa de ser verdade. Os “interesses económicos” vêem os tempos de crise a flutuar no horizonte e fazem contas aos milhões de euros que Sócrates anunciou para “apoio à economia”, aos pacotes de “incentivos fiscais” e às “linhas de crédito” que se anunciam – seja lá o que isso for. O pequeno capital lusitano é obrigado a pagar o crédito com o seu silêncio. Jardim esbraceja, como é seu hábito, mas tem razão. Não porque lhe valha grande coisa, mas porque as coisas são como são. Vem nos livros.

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6 comentários

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De ViriatoFCastro a 17.12.2008 às 01:58

As coisas vão mesmo mal, quando, sinal disso mesmo, Alberto João diz coisas com nexo e as pessoas, como eu, ganham-lhe simpatia.
De qualquer modo, é mesmo assim. Onde parará o cinismo daqueles que dizem que todas as operações financeiras a decorrer são completamente transparentes?
É que, realmente, é transparente que certas entidades bancárias tenham pedido o aumento do seu aval apenas para financiar o BPP. Contudo, será assim tão transparente que mais ninguém se importa se é, no mínimo, decente?
A nudez a descoberto, como o crédito, está a atingir os limites da indiferença, do adormecimento.

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