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Centrão.

por FJV, em 04.12.08

Quando Cavaco abandonou o governo, em 1995, estava farto do PSD. Quando Guterres deixou o governo em 2001 queixou-se “do pântano”, e estava também a falar do seu partido. Treze anos depois, Cavaco continua farto do PSD e Guterres distante de um regresso à vidinha no PS. Periodicamente, há gente que se afasta e deixa no ar suspeitas sobre “o pântano” ou sobre “a política”. Em qualquer dos casos queixam-se do “centrão”, uma espécie de “organização secreta” que deixa a sua marca em todos os grandes negócios do regime e que dilui todas as diferenças entre os dois maiores partidos do sistema. Só assim se explica que Dias Loureiro tenha elogiado Sócrates na apresentação de uma biografia do primeiro-ministro e que as presidências dos bancos sejam ocupadas com um emblema ou outro.

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3 comentários

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De Daniel Rodrigues a 05.12.2008 às 15:10

na mouche...

Mas Cavaco e Guterres estavam de certo modo, longe de um centrão, eram corpos de certo modo estranhos, cada um com as suas próprias características.

O actual primeiro-ministro é produto deste centrão. Sem uma linha condutora, um pensamento diferente, uma atitude bem delineada. O centrão é isto: vacuidade assente em meia-dúzia de generalidades e sound-bytes, e resolver os assuntos nas costas com os amigos do costume... Os tais negócios que se vêm mas não se sabe onde, quando, como, quem e porque se discutem.

onde, quando, como, quem, porquê... as tais perguntas que deviam constar em seja que artigo de jornal fosse...


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