Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]



Economia pública, 4.

por FJV, em 14.10.08

Enquanto os EUA se iniciam nos mistérios da nacionalização da banca (uma perversidade que vai sair cara), aqui os tempos não estão para minudências. O presidente da Associação de Bancos, por exemplo, diz que a abundância acabou, sem que ninguém lhe tenha chamado astronauta, porque abundância, propriamente, não tem havido. A abundância está sempre a meio caminho da crise num mundo em que se pensa que o crescimento é infinito e que o crédito é o outro nome da riqueza. As pessoas querem uma vida mais fácil. Tem sido, mas para os gastadores, para as companhias de crédito e para os que ganham dinheiro rápido – as empresas e as pessoas têm de trabalhar no duro para sobreviver. É estranho, por isso, que sejam empresas e pessoas a pagar os desvarios de quem esbanjou quase tudo.

[Da coluna do Correio da Manhã.]

Autoria e outros dados (tags, etc)


2 comentários

Sem imagem de perfil

De Ângelo Ferreira a 17.10.2008 às 12:09

Caríssimo FJV, como é verdade o que diz. Porém, como explicar isto aos que agora apregoam, com tanta alegria, o fim do "capitalismo", o fim do "mercado", no fundo, o fim da liberdade séria que tanto detestam, porque se acham "homens da providência", os salvadores do mundo, os médicos das almas, os construtores do homem novo?
Eles agora vão meter-nos a todos na linha, àqueles que acreditam na liberdade e que contestam o castigo generalizado do "pai Estado" quando um dos seus "filhos" erra. porque é assim que eles sentem, tudo dentro do estado, nada fora do estado, tudo na política, nada fora da política. Uma autêntica religião, uma nova legião de bispos, com as sagradas escrituras reinterpretadas a cada momento.

Comentar post




Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.