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Economia pública.

por FJV, em 12.10.08

José Medeiros Ferreira tem razão na pergunta: «Não será mais barato, e mais eficaz, suspender algumas delas [bolsas] para uma semana de reflexão, e deixar a actividade económica seguir o seu curso, com o papel parado?» Mas a bolsa não pára. Nem a vida. Notam-se festejos a cada anúncio de nacionalização (uma perversidade que se vai pagar caro), porque assim se esmagam os argumentos «dos neo-liberais»; no entanto, a vingança serve-se fria e não a quente. A única coisa que me parece merecer preocupação assistencial são as economias dos cidadãos que não têm culpa dos desvarios em que não entraram. Meia-dúzia de conhecidos fizeram as últimas férias, com viagens pelas Caraíbas e pelo Oriente, com o recurso ao crédito; ainda não estão pagas, pelo que sei, mas fazem planos para as próximas. Os outros, os que não têm culpa dos desvarios em que não entraram, fizeram férias modestas, contaram os cêntimos, seguiram a lei da simples modéstia, geralmente classificada como de contabilidade pacóvia. Também não compraram casas de meio milhão de euros nem reservaram carro a contar com os dias futuros. Deve haver um sentido para isto. Para estes.

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3 comentários

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De eduardo encarnação a 12.10.2008 às 16:54

caro fjv,

sou um leitor de arquipélagos constituídos de pequenas ilhotas onde se falam inevitavelmente muitas línguas e dialectos.

chegara-me já o rumor da "autoria" dos textos do dr homem. e o que é autoria em literatura...

lia os seus textos aqui e além mas com aquele prazer real. tal como uma mulher interessante o texto tinha lá tudo: espírito, formas e o desejo de reencontro.

se me permite, vou pegar no mote, slogan ou não sei quê, do dr homem, e postá-lo no meu humilde blog.

"o dr. homem não tem email".

se achar que estou a violar alguma lei de copyright tem bom remédio. estou à distância de um clique e sem interferência do serviço de apoio ao cliente.

obrigado

eduardo
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De Miguel Pires a 12.10.2008 às 23:22

Há certamente um sentido, o do mexilhão - aquele de quem se diz lixar-se.
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De C a 13.10.2008 às 17:28

Nem mais, quando o mar bate na rocha quem se lixa é o mexilhão. E, (isto agora é negro), como li uma vez na banda desenhada Mafalda (by Quino), o personagem Manelinho, que além de viver com limitações económicas era também um pouco duro para os estudos (o Quino aqui também foi mauzinho), dizia: "Quem não tem nem sequer é". Cada vez me lembro mais dele.

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