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Para já, a crise financeira chega a Portugal como um eco de falências e turbulências na bolsa. O “cidadão médio”, no entanto, faz contas. E são simples: afastado da ribalta da grande especulação, limita-se a recordar as aulas de contabilidade salazarista, que é a mais apropriada para o seu caso – não pode gastar mais do que ganha. Bem vistas as coisas, pela lógica dessa contabilidade, também os bancos não podiam emprestar mais do que tinham, para que os clientes não pudessem dever mais do que podiam. O alto capitalismo vive na corda bamba, o que é bom para grandes contas e riscos incalculáveis, mas fatal para a economia de quem vive com decência. E é isso: o “cidadão médio” faz contas: deve o telemóvel, parte da casa, parte do carro, parte das férias. Ou seja, aprende o que já sabia – que um almoço nunca é de graça.
[Da coluna do Correio da Manhã.]
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