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Estatísticas.

por FJV, em 11.09.08

 

O primeiro-ministro assegura que a melhoria de resultados nas pautas do ensino básico e do ensino secundário se devem às políticas educativas e aos investimentos realizados pelo seu governo. Lamento desmentir esse contentamento e tão largo optimismo mas a verdade é que tanto eu como o primeiro-ministro sabemos que as políticas educativas não produzem resultados de um ano para o outro; tal como ambos sabemos que os investimentos em educação levam anos a ter algum resultado e que isso não significa mais dinheiro. Portanto, é preciso outra explicação. Eu dou-a de graça: a melhoria de resultados existe porque os dados foram propositada e antecipadamente falsificados por provas demasiado fáceis, realizadas com o propósito de conseguir estas belas estatísticas. Ambos o sabemos. Todos o sabemos.

[Da coluna do Correio da Manhã.]

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8 comentários

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De Orlando Nascimento a 11.09.2008 às 22:46

Ora bem!
Graças à fraude que nos governa é forçoso concordar: este é o governo mais brilhante que alguma vez esteve à frente dos destinos de Portugal.
Como já anteriormente sugeri, se derem canudos aos recém-nascidos, em menos de nada passamos a ser o país mais qualificado do mundo!!
Não bastava a estupidez ser ilimitada. Agora o governo patrocina-a.
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De Vou emigrar a 11.09.2008 às 23:22

Os assassinos do ensino.
Cagada de políticos, bosta de gente e profissionalmente merdosos.
Liguemos o autoclismo.
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De Activia a 11.09.2008 às 23:57

Mais,
tadinho do professor que chumbar um aluno.
Levará tantos açoites administrativos, que depois nem será necessária a sua avaliação final…
Ah, no 1ºciclo ninguém chumba, pelo menos, até ao quarto ano. Falhará a transição para o 2ºciclo se não souber o que um lápis, só.
Caro FJV, por acaso, já ouviu falar de professores sem faltas ao trabalho durante todo o ano lectivo e que depois se viram na obrigação de aceitar algumas (inexistentes) para descontar no resultado final da sua avaliação, todo com o intuito de não obterem excelente como nota?
Dava uma excelente investigação jornalística.
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De Carlos Azevedo a 12.09.2008 às 09:40

Aproveitando o que é referido no comentário anterior, também a mim me causa espanto que o assunto não dê origem a uma grande reportagem. Pelos vistos, o nosso jornalismo também anda pela hora da morte.
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De Eu explico a 12.09.2008 às 09:55

Os jornalistas criaram raízes nos estádios de futebol (e campos de treinos, meu deus, até filmariam os jogadores a fazer cocó, se pudessem), nos tribunais e ultimamente na Cova da Moura e burgos afins.

O jornalismo ainda se concentra na sordidez mais gráfica, pedaços de corpos, no vermelho escarlate do sangue enleando-se no asfalto, nos destroços de carros acidentados, nos hematomas de vítimas de violência doméstica, porrada nos tribunais, tiros em ourives, assaltos fantásticos a gasolineiras com rapto de terminais multibanco.

O resto da vida passa-lhes ao lado.

O resto da vida passa-nos ao lado, é esta a nossa degradação e vileza.

Os jornalistas lêem-nos a fome da alma.
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De Patrícia Gomes Lucas a 12.09.2008 às 18:46

Eu não teria dito melhor. É quase ridículo que de um ano para o outro a média do exame de matemática do 12º ano passe de 9 para 14 (os valores não são exactamente estes, mas não os tenho de memória). Há que perguntar: o governo acha que os portugueses são assim tão estúpidos ao ponto de não perceberem que os estão a enganar? Tenha dó, senhor Sócrates, não julgue que é mais inteligente que o povo.
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De Isabela a 14.09.2008 às 01:39

Hoje ouvi-o dizer que não, como se poderia sequer sugerir que o governo falsificaria resultados.
Não sei. O que sei é que as provas de exame a Língua Portuguesa, o ano passado, foram escandalosamente fáceis, mas este ano a 1ª fase do 12º teve uma prova inesperadamente difícil, por oposição à da 2ª fase , facílima. Já a Matemática acho que foi com uma perna às costas, este ano.
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De abrasivo a 14.09.2008 às 02:06

Eu, por acaso, tenho outra opinião</a> sobre a interpretação das estatísticas e que vai muito para além de um exame mais fácil.
E se de repente alguém fizer desaparecer das estatísticas os alunos que as puxam para baixo?
Há mais números no País da Alice das Maravilhas.

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