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O Presidente vetou a lei do divórcio e meio país saltou a bradar contra “o conservador”. Toda a gente sabe que Cavaco é “conservador”, coisa que não faz mal ao mundo. O problema, isso sim, é a facilidade com que se fazem leis que partem do princípio de que as pessoas são generosas, boas e andam carregadas de amor. Não andam, mas isso é assunto delas. O Estado não tem nada de legislar sobre afectos & amor – tem de limitar-se a salvaguardar contratos. Como o do casamento. O amor, a afectividade e o ódio não são assuntos do Estado nem do parlamento. Que duas pessoas deixem de se amar – acontece a cada hora; que uma delas decida deitar fora um contrato que exige responsabilidade civil, já deve ser ponderado. Os legisladores não têm nada que pregar sermões ou fazer terapia de casal.
[Da coluna do Correio da Manhã.]
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