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Não acredito que «a questão das medalhas» se resolva com investimento e mais dinheiro do Estado, que participou com 15 milhões de euros na aventura olímpica deste ano. A questão é, no nosso caso, sobretudo escolar (basta fazer contas, no secundário, a quantos estudantes participam em actividades desportivas concretas e regulares). Não é um problema de dinheiro, de sapatilhas e de fatos de ginástica. É, antes, da fábrica que falece ao desporto: ambição, discrição, mas também público e promoção. E do desaparecimento da grande escola de fundo e meio-fundo, que muito deve entristecer o Prof. Moniz Pereira.
Fora isso, Portugal raramente se apaixona por modalidades (no sentido em que os argentinos acompanham o rugby e o hóquei em campo, paixões nacionais) – além do futebol, que está cada vez mais longe de ser um desporto, e do Maradona, que é uma referência. O último exemplo foi o rugby, quando descobrimos que uma série de rapazes (logo desvalorizados porque eram do Restelo e de Cascais) estava a competir entre os melhores e sem medo de perder. Emoções dessas fazem parte do ambiente de formação de atletas, como acontecia antes com o hóquei e mais tarde com o atletismo. Basta ver este exemplo do provincianismo lusitano num país que não enche os estádios.
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