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A maior parte dos comentários sobre a violência nos subúrbios de Lisboa divide-se entre a paranóia do medo e o ventriloquismo da «violência policial». São reacções de cães de Pavlov. Ontem, na rádio, um morador da Quinta do Mocho definiu as coisas com alguma grandeza: que há falta de respeito pela lei e que esta é a «natureza da maldade» (eu só lhe somaria a guerra surda em nome do tráfico). A descrição do assassínio de Marco Vaz, durante o fim-de-semana, fornece esse retrato com fidelidade. Os sociólogos da televisão transferem a realidade para os laboratórios e os deputados que falam da polícia como de um bando de assaltantes têm a casa protegida. Os pobres e os humildes são as principais vítimas da violência – da falta de respeito pela lei e da natureza da maldade. Sempre.
[Da coluna do Correio da Manhã.]
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