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Choque tecnológico.

por FJV, em 18.07.08

Há dias, o ministro da Cultura prometeu que iria digitalizar todo o espólio de Jorge de Sena para que fique “ao alcance de todos os portugueses”. Há semelhantes propostas em relação ao espólio de Fernando Pessoa, evidentemente. Em breve alguém prometerá a digitalização do espólio de Teixeira de Pascoaes, de Vitorino Nemésio ou de Vergílio Ferreira. A febre digitalizadora promete ser democrática e vital para a cultura portuguesa – mas não é. Na verdade, Sena continua a ser ignorado enquanto autor impresso e Pascoaes, Nemésio ou Vergílio afastados da escola secundária. O ‘choque tecnológico’ pode disponibilizar os papéis dos escritores, antes apenas acessíveis aos investigadores e estudiosos – mas não providencia nem mais leitores nem mais leitura. É a tentação dos novos-ricos.

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22 comentários

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De Vicente a 29.07.2008 às 12:01

''Alguém'' disse que um livro só existe quando o abre e começa a ler.. de resto não passa disso mesmo, o resto!

http://purl.pt/index/geral/PT/index.html Graças a Deus que existe a digitalização. Não desprezando o suporte original dos livros, que eu tanto prezo e amo, mas sem ela não vejo outra forma, estando eu em Coimbra e a Revista Orpheu em Lisboa (e dela não existirem cópias, Re-edições), ter acesso a esta senão indo à B-ON e ''saca-la'' de lá.

Aconselho vivamente a que o façam porque o Amadeo e o Santa-Rita ''partem tudo'' !

Estudante de Ciência da Informação, Arquivística e Biblioteconomia

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