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Choque tecnológico.

por FJV, em 18.07.08

Há dias, o ministro da Cultura prometeu que iria digitalizar todo o espólio de Jorge de Sena para que fique “ao alcance de todos os portugueses”. Há semelhantes propostas em relação ao espólio de Fernando Pessoa, evidentemente. Em breve alguém prometerá a digitalização do espólio de Teixeira de Pascoaes, de Vitorino Nemésio ou de Vergílio Ferreira. A febre digitalizadora promete ser democrática e vital para a cultura portuguesa – mas não é. Na verdade, Sena continua a ser ignorado enquanto autor impresso e Pascoaes, Nemésio ou Vergílio afastados da escola secundária. O ‘choque tecnológico’ pode disponibilizar os papéis dos escritores, antes apenas acessíveis aos investigadores e estudiosos – mas não providencia nem mais leitores nem mais leitura. É a tentação dos novos-ricos.

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22 comentários

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De mj a 18.07.2008 às 22:55

bem, eu terminei o secundário em 98. ainda estudei aparição, maias, amor de perdição, viagens na minha terrra, camões , lírico e os lusíadas e auto da barca do inferno, um dos três suicidas - era à escolha, o Mário, a Florbela e o Antero - Teixeira de Pascoaes, dois ou quatro sonetos, Camilo Pessanha , um soneto, e a minha tia deu-me o Eurico e a sua Hermengarda como prenda. E F.P. que quase me i esquecendo de tão omnipresente que é. (não apanhei Júlio Dinis nem Agustina)
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De Cátia a 24.07.2008 às 19:20

Terminei o meu secundário 6 ou 7 anos depois. Desses autores e obras que estudou, autores e obras que não estudei: amor de perdição, viagens na minha terrra, Teixeira de Pascoaes, Camilo Pessanha.

A este ritmo, corre-se o risco de daqui a uns anos não se estudar nem obras nem autores alguns.

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