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De Espanha, além de maus ventos, veio, nos últimos anos, um grande número de médicos e de enfermeiros galegos, asturianos, andaluzes, estremenhos, o que for – mas espanhóis. Agora, parece que em Espanha estão a requisitá-los, depois de terem adquirido a especialidade nas nossas províncias. Portugal não pode acompanhar a oferta espanhola e deixa-os sair. Foi graças a eles que o interior pôde dispor de médicos suficientes. Em muitos casos, eram lugares onde os médicos portugueses não queriam trabalhar. Eles foram para lá. Foram e ganharam a simpatia de toda a gente, mesmo sendo maltratados pela brigada de trânsito, que lhes andava no encalço. Passavam a fronteira quando podiam, viviam em vilas do interior, eram discretos, polidos. Antes que vão embora, eu quero agradecer-lhes.
[Da coluna do Correio da Manhã.]
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