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Defesa do consumidor.

por FJV, em 30.05.08

O caso do vidente 'Prof. Bambo', que o CM tem acompanhado, não é melhor nem pior do que os dos bispos da IURD, que cobram dízimos e 'doações' em nome de Deus, mas é um exemplo a ter em conta. As 'vítimas', sem vergonha, queixam-se por 'terem sido enganadas'. O senegalês inventava amantes aos maridos e catástrofes que só ele podia evitar. No fundo, mais do que uma amostra de crendice, é uma espécie do artesanato africano da indústria 'psi' (que inventa depressões e traumas onde às vezes há só a natural dificuldade de viver) ou do chique astrológico ou tarológico, que tem honras televisivas e aparece bem vestido. Nestes casos (astrologia, tarologia, IURD ou videntes), penso que a DECO tem de intervir com urgência. O consumidor, ao pagar a factura, não pode ser defraudado.

[Da coluna do Correio da Manhã.]

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10 comentários

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De Pi-Erre a 30.05.2008 às 16:27

É estranho que instituições responsáveis como a Ordem dos Médicos e a Igreja Católica, entre outras, não se manifestem contra a chusma de curandeiros, astrólogos, charlatães, etc, que pululam por todo o país extorquindo as magras economias dos mais débeis que não têm quem os defenda.
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De nuno ferreira a 30.05.2008 às 16:55

A UEVA (União Europeia dos Videntes Association) devia abrir um processo disciplinar a esse Bambo da Costa.
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De João Paulo Brito a 30.05.2008 às 17:10

Também é interessante notar que no que toca à publicidade, os médicos e advogados estão proibidos de fazer anúncios. Limitam-se afixar os seus nomes nos edifícios, e caso estejam inseridos nalguma sociedade empresarial, como por exemplo uma sociedade de advogados, os respectivos sítios da internet só podem divulgar as equipas, valores de empresa e respectivas áreas de actuação.
No entanto, a DECO e o Estado nunca se lembraram de impor estes mesmos limites a videntes, astrólogos e quejandos, que até se dão ao luxo de dizerem que resolvem tudo e têm solução para todos os problemas. Não se percebe como essa indústria da vigarice não merece a mesma atenção dos "watchdogs" dos consumidores.
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De Animal a 31.05.2008 às 00:19

e o que mais espanta é que a ASAE ainda não verificou se os galos negros, os búzios, as asas de morcego e as raízes de mandrágora têm certificado de origem e se o IVA foi pago. isso é que é um escândalo... país de madraços...
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De De Puta Madre a 31.05.2008 às 00:50

Paternalismos?! Mais Paternalismos? É! Vou investir na primeira “D. Branca” que me aparecer, se a coisa correr para o torto e as minhas economias - de uma vida - forem para o galheto o Estado paga. ... Bo-ni-to: desresponsabilizar adultos.
Já agora: A DECO deveria estar atenta era à PT às aldrabices do MÊU! É mesmo uma estratégia de marketing (= engenho altamente enganoso e lesivo) para a bolsa do consumidor. Todo esse marketing perdeu a ética, está altamente descontrolado. Os Gatos Fedorentos lá vão ajustados ao descalabro ético de uma empresa que perdeu a noção dos limites. E ninguém dá por nada.
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De j.. a 31.05.2008 às 01:15

"estratégia de marketing (= engenho altamente enganoso e lesivo)"

"engenho altamente enganoso e..." também pode definir praticamente todas as políticas empresariais dos provedores de serviços no que toca a relações com os clientes - pelo menos com os individuais. ou estaria melhor dizer "pequenos"?

e o exemplo mais gritante é a edp.
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De António de Almeida a 31.05.2008 às 13:28

-Para lá dos comentários jocosos e de acharmos graça ao conto do vigário quando as vítimas são os outros, será que apenas o prof Bambo explora a fragilidade de que procura auxílio? Não existirão por aí alguns profissionais mais "dignos" dispostos a empatar, não direi vigarizar, para manterem o cliente?
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De a.rocha a 19.06.2008 às 17:25

Sim existem mais. Em Braga perto da Escola Calouste Gulbenkian, despedido de todos os locais onde trabalhou ( e enganou, o homem diz-se músico) vive do dinheiro dos outros. É inteligente sem dúvida e sabe seduzir o incauto que lá aparece pela mão de um "grande amigo". É esta a estratégia de marketing, sem precisar de pagar anúncios. Mas de repente já é tarde e a mais incrédula (só mais tarde se nota que não existem "pacientes" homens) horrorizada percebe um belo dia que foi violada. Os chás e as porcarias todas que ingeriram deixam-nas num estado de torpor que as torna nas perfeitas vítimas. E quando têm a coragem de o confrontar surgem as ameças veladas ...do marido que poderá morrer, os filhos que poderão desaparecer, tudo porque a "paciente" está com pensamentos negativos e deve "aceitar" o destino. E é assim que este senhor (sobre)vive. Alcool, mulheres e dinheiro e total imoralidade, com laivos de crueldade que já arruinaram muitas mulheres ( baixas psiquiátricas de 1 ano? . Como ir à polícia e não ser ridicularizada por esta história triste? Como contar alguém que se foi vítima constante de ameaças e violações sucessivas? Quem irá acreditar? Quando esses " alguéns" que por aí deambulam, disfarçandoa custo a tragédia que viveram, falarem. Denunciarem. Esse homem merece uma coisa apenas: prisão.
Conto do vigário? Não, hoje em dia é perversidade apenas , porque vivemos numa sociedade em que não confiamos. Honwana. Violador e pedófilo.
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De É evidente te a 31.05.2008 às 14:34

O trabalho desses senhores, esse fantásticos profetas, é totalmente explicado pelo efeito placebo.
Se o efeito placebo custa 0,75€ ou 17.000€, já é assunto íntimo do cliente.
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De Pedro Tarquínio a 01.06.2008 às 16:20

Obviamente , por lapso, falta acrescentar à lista referida a omnipresente ICAR.

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