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Alfredo.

por FJV, em 25.05.08

 

Trabalhei com ele. Li os seus livros. Almoçávamos de tempos a tempos. Apresentou um dos meus livros. Apresentei um dos dele. Tinha por Alfredo Saramago um grande respeito, uma amizade cúmplice e malandra -- e a gratidão pelos charutos que trocámos. Outro dos grandes homens cultos da minha terra que desaparece. Aos setenta anos a poeira da terra saberá reconhecê-lo.

Maio está a ser muito pesado para mim.

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15 comentários

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De JL a 25.05.2008 às 20:00

Todos a temos certa. Mas carrega consigo um manto enorme de tristeza de cada vez que, implacável, chega e leva um de nós. Sobretudo quando não se faz anunciar previamente.
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De C a 25.05.2008 às 21:06

"Tive amigos que morriam, outros que partiam
Outros quebravam o seu rosto contra o tempo"
(...)
"Mas perdi o meu ser em tantos seres,
Tantas vezes morri a minha vida"
(...) Sophia de Mello Breyner

"Na morte de um homem quantos homens morrem?"
Marcelo Duarte Mathias



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De ViriatoFCastro a 25.05.2008 às 21:22

Alguém de quem me recordo como polémico quando o queria ser, mas também com um excelente toque epicurista, o que não deixa de revelar coragem num país onde parece que se insiste na tristeza, na angústia e na mesquinhez como a virtude indulgente de se alcançar o mérito.
Não tinha vergonha dos seus prazeres, também o recordo. Não tinha vergonha de escrever sobre eles e de sempre valorizar aquilo que para os olhos de muitos poderiam parecer coisas pequenas. O maior legado que assim, a meu ver, de acordo com o que dele conheço, Afredo Saramago deixa é um verdadeiro tributo à Liberdade. Porque também nos pormenores ela vive, também nos Prazeres ela está presente.
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De mar aravel a 25.05.2008 às 21:52


Gostei de ler o que sentiu

A comunicação social continua distraída

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De Anónimo a 25.05.2008 às 22:54

Eu prefiro: na morte de um Homem, quanto dele fica nos outros ?


Eu também li um livro seu e gostava de o ouvir.
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De Luís Coutinho a 25.05.2008 às 23:27

Não tive o prazer de o conhecer, apenas de o ouvir e ler.
Um Homem de convicções e que, respeitando as diferenças, indicava o caminho de fuga à mediocridade .
Lições de Liberdade plasmados nos editoriais da Epicur .
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De Dorean Paxorales a 26.05.2008 às 00:02

Obrigado por me ter feito saber.
DP
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De jpVerona a 26.05.2008 às 00:34

Conheci o Alfredo Saramago num dos seus programas na RTP 2. Fumava-se e bebia-se vinho tinto, liam-se livros. Eu era um puto, estava a faculdade e gostava de ver aqueles senhores sábios a divertirem-se. Como que me ensinaram que a vida é mais que o racionalismo abstracto das cadeiras da universidade. Vi o Alfredo uma e outra vez na pastelaria Machado, nas Caldas da Rainha, e aquele seu ar solene como que me disse: este é um dos nossos, senta-se nas mesmas cadeiras que nós.
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De bocados a 26.05.2008 às 09:44

Olho para aquele lugar na mesa, onde , como disse José Quitério, sob a tutela de uma espantosa fotografia de um velho tocador de concertina minhoto e vejo o lugar vazio. Para sempre na mesa portiguesa.
Já sei que vou deixar de ouvir dos romeiros do vaivém compostelense , quem nos recomendou foi o Alfredo Saramago. Os seus saberes nunca os perderemos. Obrigado, Professor.
José António
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De Isabel Rodrigues a 26.05.2008 às 14:16


"Os mortos só morrem,quando os vivos se esquecem deles"...
Provérbio africano

E assim,continuamos a viver com todos aqueles que amamos,na memória,no coraçâo.
Devemos-lhe gratidâo eterna.

Que Junho,seja para o Francisco mais leve.


Um abraço,
Isabel

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