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Mistérios de Felgueiras.

por FJV, em 21.05.08

O juiz conselheiro Almeida Lopes, ex-presidente do Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) do Porto, foi ao tribunal onde se julga o “caso Felgueiras” e pôs tudo em pratos limpos: não há “saco azul” mas sim uma série de apaixonados da presidente da Câmara de Felgueiras, cheios de libido e de sentimentos humanos mas geralmente pouco atendidos pelos tribunais. Com as hormonas aos saltos, babando e cheios de ciúmes doentios, Horácio Costa e Joaquim Freitas ter-se-iam vingado de Fátima Felgueiras armando o processo que se conhece. Bom. Uma coisa é certa: Fátima Felgueiras veio ‘pin up’ do Brasil, mas nenhum argumento de Camilo Castelo Branco – que conhecia bem a região – é tão maravilhoso e suspeito como o denunciado pelo juiz amigo da autarca. O Minho guarda segredos deliciosos.

[Da coluna do Correio da Manhã.]

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14 comentários

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De Aqui a 300m da biblioteca dele a 21.05.2008 às 12:20

Eu pensava que em CCB estava contida toda a intriga extra-palaciana; ainda sobrou alguma que realmente parece não poder acontecer fora do Minho.
Quanto ao objecto das erecções... a senhora FF pode até ter vindo mais jeitosa do Brasil (pronto, "pin up", dentro do género e geração), mas foi antes do breve exílio, antes da recauchutagem, que gerou as paixões e os ciúmes.
Com os argumentos actualizados, esperemos por mais e pior, há-de fazer espumar ainda mais os apreciadores do género e geração, e há-de gerar uma intriga maior e mais intrincada do que um saco azul.
Fátima, terá de precaver-se, não se pinte, não se aperalte, não tome banho frequentemente e bão se perfume, a Fátima tem um dom nefasto para a sensatez dos machos alfa, beta e zeta; expor isto em tribunal é uma humilhação para o género e um balde de água fria na nossa curiosidade para entender a economia paralela das autarquias. Melhores oportunidades virão, sou um optimista.
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De Eduardo Correia a 21.05.2008 às 12:54

O Minho guarda segredos deliciosos."
Felgueiras é no Minho? uau, essa geografia é bestial..
Camilo conhecia bem a região, a raridade, pelo contrário, parece que não..
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De Eu explico os limites do Minho a 21.05.2008 às 14:18

Eduardo, o caro amigo é especialista no Google Earth, mas mexe-se pouco, verdade?
Sabe, até aos 30 anos vivi a poucas centenas de metros do Douro Litoral. Sabe que do "outro" lado os "outros" eram (são) tanto ou mais minhotos do que os do lado de "cá"?
Conhece Felgueiras e arrabaldes? Se conseguir um zoom suficiente pela internet, depois de se documentar, falaremos.
Além disso, algum cuidado na leitura ajudá-lo-ia nas suas dúvidas, não está em sítio algum afirmado que Felgueiras é no Minho, o Viegas faz a referência ao Camilo, cujas histórias partem e regressam ao Minho, à época naturalmente mais rural e minhota do que hodiernamente.
Eu percebi o que o Viegas escreveu, o amigo Eduardo não? Por boa ou por má vontade?
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De A mobilidade do Minho a 21.05.2008 às 14:56

Hum, raridade, temos mimos na caixa.

O que me atrevo a fazer chegar ao debate é a informação sobre a mobilidade do Pólo Norte, dizem os cientistas ser por causas magnéticas, mas deve dar um grande trabalho saber onde espetar a bandeirinha sempre que lá chegam os peregrinos.

Sendo o norte lugar de exagerados fenómenos, especialmente na descrição e transmissão oral, além de por vitórias e derrotas todas as fronteiras se vão redefinindo (cof, cof, cof), é natural hoje o Minho conter Felgueiras, amanhã Ramalde, e num dia ulterior conter Carrazeda de Ansiães.

São regras próprias que os forasteiros não têm de contestar.
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De Eduardo Correia a 21.05.2008 às 15:22

"Sabe, até aos 30 anos vivi a poucas centenas de metros do Douro Litoral."
Isso significa exactamente o quê?
Que eu saiba, de uns milhentos para cá, até aos dias de hoje, Felgueiras não consta dos arautos do Minho, parece que sempre pertenceu ao Vale do Sousa, distrito do Porto. Não sei..
Não lhe chegará, certamente, dizer que S. Martinho de Penacova é o local onde nasceu a minha família.. Certamente, não.. Saberá a distinção que minha avó foi, simplesmente, a senhora costureira da “terra” e dos seus “arrabaldes”, desde Torrados ao Mosteiro de Pombeiro, passando pelos “altos” e pelos “baixos”..
Como você conhece Felgueiras e arrabaldes deixo-o com essa certeza de que sei do que falo! Ora essa, qual Google Earth.. Não, não preciso de me documentar acerca da terra donde as minhas origens nasceram. E que os meus ajudaram a edificar…
“Viegas faz a referência ao Camilo, cujas histórias partem e regressam ao Minho, à época naturalmente mais rural e minhota do que hodiernamente.”
Desculpe lá, distinto, mas ainda não percebi o que tem a ruralidade de Felgueiras que ver com o Minho..
E, quer-me parecer que a evolução das palavras, que Viegas utilizou, vão no sentido da evolução do raciocínio. No entanto, seguindo o seu conselho vou aplicar de seguida, o esquema de Chomsky. Obrigado.
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De Eu explico os limites do Minho a 21.05.2008 às 16:11

"Sabe, até aos 30 anos vivi a poucas centenas de metros do Douro Litoral."
Isso significa exactamente o quê?

Eduardo, então um espampanante académico tem esta dificuldade de interpretação? Onde está o Chomsky quando precisamos dele?

Acha a ruralidade de Felgueiras da ruralidade minhota? Não sei citar-lhe de memória as passagens do Camilo por Felgueiras, mas quase juro que nas Novelas do Minho a terra dos seus antepassados é várias vezes referida.
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De Eduardo Correia a 21.05.2008 às 17:09

“Acha a ruralidade de Felgueiras da ruralidade minhota? Não sei citar-lhe de memória as passagens do Camilo por Felgueiras, mas quase juro que nas Novelas do Minho a terra dos seus antepassados é várias vezes referida.”
E? Qual a relevância para a discussão?
As passagens do Camilo por Felgueiras afirmam uma Felgueiras minhota?
Não vejo a ligação, mas tudo bem, continue a marchar com o passo trocado..
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De Eu explico... a 21.05.2008 às 17:29

Não completei a frase, mas isso pouco interessa:
Acha a ruralidade de Felgueiras diferente da ruralidade minhota? Eu acho que não, mas aceito que seja um argumento - como agora se diz - digressivo.

Enfim, um exercício de interpretação, admito que importante para ambos (nós), a seguir.

A associação feita pelo Viegas (aqui vem o momento exegeta da tarde) foi que o Camilo CB conhecia bem a região de Felgueiras. Depois, acrescentou na frase final, logo adiante dessa afirmação, sem parágrafo, que o Minho guarda segredos deliciosos.

Se o Eduardo crê que a frase está assim tão desconforme, sugira ao Francisco que a corrija para "O Douro Litoral guarda segredos deliciosos", e que substitua o Camilo por outro escritor de costumes e tricas provincianas, eu gostaria de ouvir qual a escolha que aqui propõe.

Quanto ao passo trocado, homem!, ponha-me em sentido! Se estou errado, isso nada mais é do que estar errado, tem correcção, ou tentemo-la. Por caridade, Eduardo, sem ironias.
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De João a 21.05.2008 às 15:44

O FJV enganou-se. Pronto.

Não vale a pena começarem todos a alanvacar! Discussão mais estéril! É Douro Litoral e ponto final.

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De kruzeskanhoto a 22.05.2008 às 15:09

A senhora, para a idade, está jeitosa e certamente haverá muita gente com vontade de lhe saltar em cima. Isto é apenas uma metáfora, claro. E politica. E boa, também.
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De ViriatoFCastro a 22.05.2008 às 18:25

Love is all around, in Felgueiras.
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De Jose Santos a 22.05.2008 às 22:37

Após tão acesa discussão, concluí que Felgueiras não fica no Alentejo. Ou fica?
E quanto ao famoso saco azul, existiu de facto, ou é apenas fruto de alucinações concebidas à custa de milhões de hormonas em auto-gestão? Aguardo, ansioso, uma resposta.
Alberto Cardoso
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De nuno granja a 24.05.2008 às 14:37

Felgueiras, não é no Minho mas quem leu as Novelas do Minho de Camilo C. B. percebe perfeitamente a ideia, pessoalmente gostei muito do texto, o FJV enganou-se na geografia mas identificou perfeitamente o enredo


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De antonio sameiro a 31.05.2008 às 01:18

O PESSOAL ANDA UM POUCO COM O GOSTO ESTRAGADO.OU ENTÃO ANDAM NOS »sALDOS=

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