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Os liberais que desembarcaram na Praia dos Ladrões, na Areosa do Pampelido (ficaram para a história como os bravos do Mindelo), vinham dos Açores para libertar Portugal. Nas páginas da historiografia liberal, as ilhas permaneceram como uma espécie de reduto heróico de onde viria a redenção em momentos de crise. Depois da guerra civil e da ida de D. Miguel para o exílio, também os absolutistas encararam a hipótese de formar um exército para invadir o país a partir das ilhas; a dúvida é se o quartel-general seria nos Açores ou na Madeira. Para Alberto João Jardim não há lugar a dúvidas: é da Madeira que deve partir o exército para lutar contra a “candidatura do regime” de Manuela Ferreira Leite. Para o efeito, como acontecia a cada passo com os generais, os príncipes proscritos e até os sargentos de milícias, o líder madeirense já dirigiu uma exortação “às bases do partido e aos dirigentes patriotas”. É certo que ainda lhe falta o exército, mas o discurso é de graça.
[Da coluna do Correio da Manhã.]
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