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Quotas de machos.

por FJV, em 22.04.08

A ministra espanhola da Defesa, Carme Chacón (nas fotos desta semana), está grávida de sete meses e passa revista aos soldados, alinhados e em sentido.  A imagem é nova e parece que serve de propaganda aos dotes fracturantes de Zapatero. Há quem se pergunte se a imagem faria sentido em Portugal, para rematar com um ‘não’ vivo e brutal, como se viéssemos das cavernas ou como se a Espanha tivesse criado a luz da civilização. O que não aconteceu, porque antes destas senhoras de Zapatero apareceram Margaret Thatcher ou Michele Bachelet. Suponho que, a haver uma ministra a fazer continência em Tancos, iríamos achar graça, como os espanhóis acham, e ficaríamos orgulhosos da nossa ministra. Seria uma revolução? Sim, mas a maior revolução seria reconhecer que depois de os socialistas portugueses aprovarem as quotas femininas, o Governo de Sócrates tem apenas duas ministras em 16 ministérios. Em França, com Sarkozy, há sete em 15. Na Finlândia, há 12 em 20. Somos um país de machos. Socialistas, mas machos.

[Da coluna do Correio da Manhã.]

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6 comentários

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De Cristina GS a 22.04.2008 às 07:59

A quota do faz-de-conta entre nós é que é muito alta. Algumas fazem de conta que são emancipadas, outros fazem de conta que são progressistas. E assim se vai (des)fazendo por cá.

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