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Betão.

por FJV, em 11.04.08


1. Parece irremediável: chegados a esta altura, com necessidade de investimentos e de emprego, regressa a «política do betão». O Expresso de amanhã (edição impressa) explora este assunto e o dado mais relevante parece-me este: «Portugal já é dos países europeus com mais quilómetros de auto-estradas por habitante e por quilómetro quadrado. A região de Lisboa, por exemplo, é mesmo aquela que em todo o velho continente tem maior concentração destas vias rodoviárias.»
Portanto, é preciso fazer alguma coisa. E, se essa coisa não será acabar com as auto-estradas, então só vejo uma hipótese: aeroporto em Alcochete, mais obras da Brisa, mais viadutos e pontes, ou seja, ainda mais betão para baixar as taxas de desemprego e a crise das grandes construtoras. Eu gosto é dos velhos do Restelo.

2. Ora, as grandes obras públicas, que hão-de deixar a pátria coberta de estaleiros e de empregos por cinco anos, no máximo, também se devem a essa interessante familiaridade entre as empresas de construção e a política. Trabalhemos para o Estado, no sector público ou no sector privado.

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4 comentários

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De jcb a 11.04.2008 às 12:08

...E barragens de betão, com cem metros de altura e mais de meio quilómetro de coroamento, no pouco que resta dos nossos rios e das nossas paisagens rurais.

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