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Ponto final.

por FJV, em 29.03.08
Ponto final. Ponto final mesmo. Como estive fora uns dias não reparei neste fragmento de uma notícia do Público e do Correio da Manhã: «Numa das reuniões do conselho executivo, a professora Adozinda Cruz confirmou que autorizou os alunos a manterem os telemóveis ligados, permitindo-lhes que ouvissem música. Patrícia terá extravasado a ordem atendendo uma chamada da mãe.» [bold meu]
O que isto significa? Que estão bons uns para os outros. Ponto final. Uma pessoa vê as notícias, lê os relatos e ouve testemunhas; forma uma opinião, não só porque a opinião é barata mas porque tem de ter opinião ou então não vale a pena andar por cá. E de repente, faz-se luz: estão bem uns para os outros. Bom proveito e, como diz o João G., parabéns à prima. Vão pentear macacos.

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28 comentários

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De Rui a 30.03.2008 às 08:04

FJV, lembra-se de, num post anterior, eu ter escrito isto:
“A autoridade de um professor não pode assentar no seu estado de espírito, no seu talento ou em qualquer outra idiossincrasia pessoal.
(...)
2ª, porque a autoridade não pode estar dependente dos caprichos de cada um, senão corre-se o risco elevadíssimo de corrupção do acto educativo (a autoridade assenta sempre numa negociação; se esta fica ao critério pessoal de cada um...).
A verdade é que a autoridade tem que emanar da instituição que o professor serve e representa. Só essa autoridade, igual para todos, é educativa, justa e livre de abusos.
Ora, este governo, pelo desprezo que tem mostrado pelos professores, por ter posto a sociedade contra eles e por ter dificultado até ao absurdo o processo de castigar os alunos, minou completamente essa autoridade institucional.
E o professor ficou sem poder nenhum que o sustente.”

Daí que, face à fúria dos alunos
(não seja tão apressado a condenar a professora, o FJV não sabe o que ela passou para conseguir alguma colaboração dos alunos)
e à ausência de apoio da instituição,
os professores têm de fazer concessões, porque senão instala-se o caos.
Convença-se de uma vez por todas, FJV: hoje, o professor não manda, negoceia. Se o não fizer, está liquidado.

Nota: já agora, deixe-me dizer-lhe que estou farto de ouvir professores dizerem que, com eles, nenhuma destas coisas lhes acontecem.
Pois eu digo: estão a mentir, ou estão num processo de auto-ilusão ou de negação da realidade.
Não há nenhum professor que não tenha sido objecto de falta de respeito e que não tenha perdido a cabeça em sala de aula.
E deviam ter vergonha de vir a público autoengrandecerem-se com mentiras e à custa de colegas de profissão.

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