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Ponto final.

por FJV, em 29.03.08
Ponto final. Ponto final mesmo. Como estive fora uns dias não reparei neste fragmento de uma notícia do Público e do Correio da Manhã: «Numa das reuniões do conselho executivo, a professora Adozinda Cruz confirmou que autorizou os alunos a manterem os telemóveis ligados, permitindo-lhes que ouvissem música. Patrícia terá extravasado a ordem atendendo uma chamada da mãe.» [bold meu]
O que isto significa? Que estão bons uns para os outros. Ponto final. Uma pessoa vê as notícias, lê os relatos e ouve testemunhas; forma uma opinião, não só porque a opinião é barata mas porque tem de ter opinião ou então não vale a pena andar por cá. E de repente, faz-se luz: estão bem uns para os outros. Bom proveito e, como diz o João G., parabéns à prima. Vão pentear macacos.

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28 comentários

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De nome a 30.03.2008 às 11:46

Que a música acalma as bestas, isso já os antigos sabiam.
O problema é quando as bestas aprendem a falar ao telemóvel. E isso, os antigos não podiam prever.


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De Anónimo a 30.03.2008 às 12:26

Tanta análise pronto-a-pensar! Tanto discurso exprobatório! Esta gente não percebe que o objecto do conflito é um tópico de somenos importância (podia ser um desenho obsceno, uma revista pornográfica ).
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De Laura a 30.03.2008 às 19:14

Caro FJV:
Acho que você teve um pequeno ataque de mau humor e isso lhe vai passar. Terá sido do jet-lag?:)
Embora eu não seja professora, nem tenha interesses na corporação; E embora eu seja tudo menos defensora do permissivismo que por aí se desvendou nestes últimos tempos ( muito pelo contrário, sou até bem contra isso;)
Acho que o pior serviço que 'nós podíamos prestar a todos nós' era demonstrar tanta superficialidade assim nos julgamentos...
NOT YOU, FJV!!! Please....

Naturalmente, acho o cúmulo que se autorize a audição de música nas aulas... mas v ocê não caiu na esparrela de pensar que os professores são todos super-heróis, não? Género seres celestiais e perfeitos, que se debatem com os ogres negros (os alunos e os reformistas, já agora)? Você não acreditou mesmo que resistiram todos incólumes a décadas de erosão de um modelo directivo de ensino, agravado (et pour cause) pelo acolhimento de gente-problema no seu seio, pois não?

Não, quero crer que somos todos sensatos (ou quase todos).
E quando emitimos opiniões, consolidamos minimamente a visão que temos e defendemos. Não atiramos patelas etica e esteticamente convenientes, para depois as deixar à mercê de qualquer pequeno detalhe (embora 'Deus' esteja nos detalhes, mas mesmo assim...)

Você não está naquela de "abusaram da minha credulidade", pois não? Abusaram do meu desconhecimento?!
Você não está a embarcar naquelas arcaicas da mulher violada que afinal de contas, vendo bem as coisas, estava a provocar o violador quando dizia "não, não"...... Ou naquele outro arquétipo da menina pura que vendo bem, vendo bem, já não era credora de um julgamento de virgindade plena porque confraternizava demais com o sexo oposto...
- Não é isso, pois não?!

A sério:
- Francisco José Viegas, você também?!
Não!
Por favor...:)
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De Laura a 30.03.2008 às 19:19

Caro FJV:
Acho que você teve um pequeno ataque de mau humor e isso lhe vai passar. Terá sido do jet-lag?:)
Embora eu não seja professora, nem tenha interesses na corporação; E embora eu seja tudo menos defensora do permissivismo que por aí se desvendou nestes últimos tempos ( muito pelo contrário, sou até bem contra isso;)
Acho que o pior serviço que 'nós podíamos prestar a todos nós' era demonstrar tanta superficialidade assim nos julgamentos...
NOT YOU, FJV!!! Please....

Naturalmente, acho o cúmulo que se autorize a audição de música nas aulas... mas v ocê não caiu na esparrela de pensar que os professores são todos super-heróis, não? Género seres celestiais e perfeitos, que se debatem com os ogres negros (os alunos e os reformistas, já agora)? Você não acreditou mesmo que resistiram todos incólumes a décadas de erosão de um modelo directivo de ensino, agravado (et pour cause) pelo acolhimento de gente-problema no seu seio, pois não?

Não, quero crer que somos todos sensatos (ou quase todos).
E quando emitimos opiniões, consolidamos minimamente a visão que temos e defendemos. Não atiramos patelas etica e esteticamente convenientes, para depois as deixar à mercê de qualquer pequeno detalhe (embora 'Deus' esteja nos detalhes, mas mesmo assim...)

Você não está naquela de "abusaram da minha credulidade", pois não? Abusaram do meu desconhecimento?!
Você não está a embarcar naquelas arcaicas da mulher violada que afinal de contas, vendo bem as coisas, estava a provocar o violador quando dizia "não, não"...... Ou naquele outro arquétipo da menina pura que vendo bem, vendo bem, já não era credora de um julgamento de virgindade plena porque confraternizava demais com o sexo oposto...
- Não é isso, pois não?!

A sério:
- Francisco José Viegas, você também?!
Não!
Por favor...:)
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De FJV a 31.03.2008 às 08:20

Eu apenas disse «assim compreende-se». E não, não acho que todos os professores sejam iguais, mas quando eles (que acredito ser uma pequena percentagem) autorizam que os alunos estejam nas aulas a ouvir música, então tudo se explica...
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De Anónimo a 30.03.2008 às 23:41

Pois é, meu caro!

A blogo e muitos media precipitam-se, muitas vezes.

Digo, vezes demais!

Mas é tão difícil conhecermos verdadeiramente OS PROBLEMAS!

E é tão bom "amandar umas bocas", e andar na crista da onda!

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De FJV a 31.03.2008 às 08:21

Os problemas não se esgotam num caso particular. À hora da refeição permite que os seus filhos estejam a falar ao telemóvel ou a ouvir música?
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De PALAVROSSAVRVS REX a 31.03.2008 às 02:06

Concedida a benesse, dá-se a escalada do abuso. Foi, portanto, um abuso tendo em conta uma concessão que correu mal.

PALAVROSSAVRVS REX

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De N. a 31.03.2008 às 11:06

Gostei deste post. Expor as nossas incoerências sem pruridos éticos é sempre uma saudação feliz à liberdade.

Formar opinião pode ser barato e ainda justificar o direito às exéquias, mas opina-se demasiadas vezes em tumultos emocionais, não vos parece?
Somos mais rápidos a sentir do que a pensar.
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De TalvezTeEscreva a 31.03.2008 às 18:01

Na minha opinião este caso do "dá-meotelémóbeljá" assumiu proporções absurdas e nada construtivas nem para os miúdos da mesma idade, nem para os professores muito menos para a instituição Ensino em geral. Leio os comentários ao seu post e presumo pelo teor de alguns que são redigidos por professores que escrevem "gramar", "vai pentear macacos", "lolinho" e afins... E relembro a manifestação de professores, e a histeria, e os gritos e os modos bruscos como se manifestavam e, pior ainda, a falta de substância e conteúdo nas respostas às perguntas de rua dos reporteres. O respeito é como a boa reputação ou a credibilidade ou o bom nome, conquista-se todos os dias pelo exemplo e basta um deslize para se perderem anos de coerência. Antigamente aprendia-se que não se escrevia como se falava, nem se falava com os pais como se falava com os amigos. Se os próprios professores não entendem essa linguagem básica domo é que hão-de saber dar-se ao respeito e fazer-se respeitar?!
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De TalvezTeEscreva a 31.03.2008 às 18:02

Na minha opinião este caso do "dá-meotelémóbeljá" assumiu proporções absurdas e nada construtivas nem para os miúdos da mesma idade, nem para os professores muito menos para a instituição Ensino em geral. Leio os comentários ao seu post e presumo pelo teor de alguns que são redigidos por professores que escrevem "gramar", "vai pentear macacos", "lolinho" e afins... E relembro a manifestação de professores, e a histeria, e os gritos e os modos bruscos como se manifestavam e, pior ainda, a falta de substância e conteúdo nas respostas às perguntas de rua dos reporteres. O respeito é como a boa reputação ou a credibilidade ou o bom nome, conquista-se todos os dias pelo exemplo e basta um deslize para se perderem anos de coerência. Antigamente aprendia-se que não se escrevia como se falava, nem se falava com os pais como se falava com os amigos. Se os próprios professores não entendem essa linguagem básica domo é que hão-de saber dar-se ao respeito e fazer-se respeitar?!
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De TalvezTeEscreva a 31.03.2008 às 18:20

E só mais uma adenda:
Dos "professores porreiros" não reza a História.
Todos temos no nosso passado professores "porreiros", mas é dos severos que nos lembramos com, respeito, estima e a consideração porque foi com esses que aprendemos as bases que temos hoje para isto e aquilo.
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De TalvezTeEscreva a 31.03.2008 às 18:21

E só mais uma adenda:
Dos "professores porreiros" não reza a História.
Todos temos no nosso passado professores "porreiros", mas é dos severos que nos lembramos com, respeito, estima e a consideração porque foi com esses que aprendemos as bases que temos hoje para isto e aquilo.
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De ViriatoFCastro a 03.04.2008 às 03:34

Sem conceder no que já deixei escrito a propósito da "pirralha", volto apenas a relembrar o que também disse acerca das condições para alguém se achar consciente de si mesmo e das suas qualidades no exercício da autoridade. É como o Chivas Regall: "Ou se tem ou não se tem"... Talvez as dimensões, por razões óbvias, nunca poderão ser comparáveis, mas o certo é que por exemplo, um juiz, para ser juiz, além de fazer exames escritos e outros orais, tem ainda uma entrevista, em que muito da sua personalidade é prescutada. Tudo no sentido de se poder apurar se aquela pessoa que ali está é apta para o exercício de uma função que muda a vida de outros. Lá está, se calhar ser-se professor não é muito diferente. Afinal, devíamos sempre querer apenas aqueles que, com verdadeira vocação e sentido da sua posição social, enquanto educadores, realmente moldam as gerações futuras... talvez para que elas, mais tarde, não venham, precisamente a dar de caras com o senhor vestido de preto que lê essa coisa da "sentença". É pena que as faculdades passem ao lado da escola e a escola acabe por passar ao lado de tudo.
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De Anónimo a 01.04.2008 às 15:18

TalvezTeEscreva tem imensa razão!
Subscrevo inteiramente.
E acrescento: os alunos têm de diferenciar a escola local de aprendizagem que se rege 8?) por princípios e valores e a cas/rua.

João Moreira

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