A Origem das Espécies

E já alguém, na escola, conversou com 'o aborígene' em causa na presença da professora e de alguém que a represente? Se tem antecedentes normais de convivência ou se, pelo contrário, tem tendências desviantes e agressoras. Este acto pode ter a ver com falta de educação e de formação tal como a posterior atitude de estar a vangloriar-se junto dos outros primatas (atitude que revela medo querendo mostrar que é orgulho), mas também pode ser a 'natureza' da pessoa. Há gente 'assim', porque o são (Hannah Arendt) está-lhe nos genes, para além da família/meio. Não aceitam a frustração e a contrariedade, não se aceitam a si próprios nem aos outros. Impoem. Os amigos poderiam ter um papel, conversando imenso e induzindo a reflexão. A escola tem que entrar em diálogo mas aplicar a sanção respectiva. O diálogo seria para indagar o que lhe vai na mente, ajudar e mostrar que há alternativas. Estes comportamentos, nessas idades geram reflexos de imitação, quase sempre, e já estamos assim há uns anos. Foram dados nós que não se desataram a seu tempo. Não vou ver a gravação, não. Ando a ver se ainda acredito naquilo que faço com tanto empenho e gosto. Os jovens são o futuro que é já hoje.

vamos a ver se nos entendemos: a cena que vimos não é 1 caso isolado, por mais que o ministério, a dren, o conselho executivo nos queiram fazer crer. é uma cena, com contornos mais ou menos semelhantes, frequente nas turmas de básico e sobretudo nessas turmas de 'sucesso' que dão pelo nome de novas oportunidades. se a tutela tem tido, ao longo destes 3 últimos anos, 1 discurso desvalorativo e humilhador para com os professores, como poderia pensar-se que esse discurso não seria reproduzido pelas famílias e depois pelos filhos?
e que ninguém se atreva a falar em falta de autoridade ou em fragilidade, como já vi 1 psicólogo fazer do alto da sua cátedra. e não, isto não acontece só aos outros. experimentem estar fechados numa sala com 20 e tal adolescentes descontrolados, pendurados nas janelas, de cadeiras em riste, a gritar obscenidades, a agredirem-se, sem nenhum funcionário por perto, durante 90 minutos 4 vezes ao dia, 5 vezes por semana e então podem falar com conhecimento de causa.
já nos anos 90 Marçal Grilo escolhera para título de um dos seus livros a lúcida frase: o difícil é sentá-los.
MM

Advogado do diabo:
como é possível que aquela professora não tenha apresentado uma participação por escrito da agressão? Segundo a comunicação social, a direcção da escola só tomou conhecimento depois da sua exibição no you tube .
Um aluno da escola (pública) dos meus filhos esteve suspenso 3 dias por ter graffitado "O professor X é gay" nos balneários e teve que pintar a respectiva parede.

Pois é... é melhor que façamos um 26 de Abril - antes que levemos com o 24!

http://educar.wordpress.com/2008/03/26/duvida-3/