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China.

por FJV, em 19.03.08
Hoje, 19 de Março, a partir das 18.30, vai realizar-se uma vigília diante da embaixada da China. O objectivo é o de chamar a atenção para as “violações sistemáticas dos direitos humanos” – dito assim, não faço mais do que repetir os textos das agências noticiosas, encarando o problema como uma relativa anormalidade. Não é. É uma anormalidade de base, profunda e brutal, que não tem a ver apenas com a repressão e a violência agora usada no Tibete – o historial é enorme, vasto, perde-se na história do império e do comunismo chinês. Dirão que se trata de uma “questão cultural” que deve ser resolvida pelos próprios chineses, o que é de uma hipocrisia insustentável. O capitalismo perdoa aos chineses todas as perversões cometidas, em nome do mercado; alguma esquerda perdoa à China todos os desvios em nome de um realismo incalculável. Os Jogos Olímpicos, até agora, têm sido cenário de grandes cedências e de grandes hipocrisias – mas nenhuma ultrapassa as de Pequim.

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18 comentários

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De ViriatoFCastro a 21.03.2008 às 23:00

Queria escusar-me a expor alguns factos mais técnicos ou enfadonhos, mas vejo que tresleu muito do que escrevi. Eu nunca disse que se tratava de um ataque a um país soberano; apenas fiz referência, ainda que linear, a uma doutrina que desde há muito foi acolhida no seio das Nações Unidas - a doutrinha Stimpson do não-reconhecimento. Esta doutrina surgiu precisamente por causa da ilegítima anexação da Manchúria, pelas tropas Japonesas, antes da II Guerra Mundial. Um roubo de território à China, já maoísta, que foi tida para muitos como intolerável. A partir daí, de um modo ou de outro, sempre se vem dizendo que em princípio nunca nenhuma aquisição de território pode ser reconhecida se resultar do uso da força. E quer V. Exa queira quer não, o Tibete foi anexado à conta de força e violência.

E quanto ao que mais abaixo se escreve, concordo plenamente. Também a invasão do Iraque acontece ao arrepio desses mesmos princípios e nunca a defendi e contra ela sempre me posicionei. Tenho dito!

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