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China.

por FJV, em 19.03.08
Hoje, 19 de Março, a partir das 18.30, vai realizar-se uma vigília diante da embaixada da China. O objectivo é o de chamar a atenção para as “violações sistemáticas dos direitos humanos” – dito assim, não faço mais do que repetir os textos das agências noticiosas, encarando o problema como uma relativa anormalidade. Não é. É uma anormalidade de base, profunda e brutal, que não tem a ver apenas com a repressão e a violência agora usada no Tibete – o historial é enorme, vasto, perde-se na história do império e do comunismo chinês. Dirão que se trata de uma “questão cultural” que deve ser resolvida pelos próprios chineses, o que é de uma hipocrisia insustentável. O capitalismo perdoa aos chineses todas as perversões cometidas, em nome do mercado; alguma esquerda perdoa à China todos os desvios em nome de um realismo incalculável. Os Jogos Olímpicos, até agora, têm sido cenário de grandes cedências e de grandes hipocrisias – mas nenhuma ultrapassa as de Pequim.

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18 comentários

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De augusto a 19.03.2008 às 12:58

Quando os Estados Unidos invadiram o Iraque não houve vigília junto da respectiva embaixada porquê?
Hipocrisia é isso,
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De isabel a 19.03.2008 às 19:41

hipocrisia é este comentário, é o seu comentário e a distância com estamos sempre a comentar tudo. Independentemente disso, não podia estar mais de acordo com o FJV .
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De André a 20.03.2008 às 14:34

Porque nesta ordem mundial os poderosos estão-se borrifando para o que são Direitos Humanos. Os EUA servem-lhe os interesses, não tanto como a China; a propaganda anti-invasão do Iraque (um estado soberano e reconhecido na ONU) será sempre censurada/não publicada do que a propaganda anti-intervenção no Tibete.

O Tibete nunca foi independente, tendo sido território integrante da China desde há séculos. Nunca nenhum país reconheceu o Tibete como independente. Seria algo como a Região Autónoma da Madeira, ou dos Açores, reclamar independência. Mas há mais vigílias em favor do Tibete do que na mega-operação no Iraque (ou no Afeganistão...). É esta a ordem mundial.

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