por FJV, em 05.03.08
O resultado é este: depois de uma primeira parte tristonha, uma série de bolas mal chutadas. Não há solução nestes casos. Podíamos falar sobre a grandeza do futebol e sobre os últimos sete metros do campo, que são os mais escorregadios; mas seria conversa sobre conversa. Há equipas que parecem predestinadas a perder, como os cantores de mariachis que falam sobre a morte e a perdição. Mas não é o caso. O cantor de mariachi tem uma energia superlativa para cantar a desolação; é disso que ele fala, mas remata com decisão e afinco. Ignora os sete metros finais, porque sabe que a sua vida deixou de estar em jogo – a partir daquele limite, nada o prende, nada o impede de ser herói. E vai à luta. Os jogadores do FC Porto esqueceram a lição, ou ninguém a ensinou a tempo. Para o ano lá estaremos, de certeza.
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14 comentários
De bloom a 06.03.2008 às 11:12
a dada altura, dei comigo a torcer pelo Porto (!), tal era a indigência do jogo daqueles rapazes do Nul Vier. Mas é verdade que quem falha golos como aquele do Quaresma (péssima exibição) não merece passar.
Entretanto passou-me e já estou pronto para torcer hoje à noite pelo meu clube de coração: o Getafe!