De nazareno a 04.02.2008 às 18:41
Deixe-me ao menos fazer a defesa do meu Carnaval, o nazareno - na Nazaré não há samba, não há vedetas estrangeiras, nem manias importadas à força do lado de lá do atlântico. É um Carnaval genuíno e trapalhão, feita para e pela gente da terra. Há reis de Carnaval, sempre figuras ligadas à festa e à sua celebração. E toda a gente (e este toda não é uma figura de estilo nem um exagero) passa o ano inteiro a contar os dias para que cheguem os 5 dias de Entrudo. 5 dias - de Sábado a Quarta-feira de cinzas -, em que ninguém pára, principalmente nos bailes de Carnaval das colectividades locais. Salas pequenas, a abarrotar de gente aos saltos, empurrões, tropeções e trambolhões, ao som das marchas da terra (há sempre uma Marcha Geral do Carnaval, há as marchas de cada sala de baile, mais as marchas de cada grupo - e um grande número de marchas tão clássicas que não há nazareno que não as conheça de cor). Sim, as bandas tocam algumas bossas no baile, mas as estrelas da noite são as marchas. É um Carnaval genuíno e talvez por isso menos conhecido e menos visitado - mas a gente quer lá saber: é nosso e desde que o possamos gozar nós, está tudo bem. Fique lá o resto do país com Ovar e Torres e os outros, que os nazarenos ficam muito bem assim! :)