De bruno a 03.02.2008 às 14:44
O caro Anónimo (não mais anónimo do que eu, diga-se) parese descurar as incoerências apontadas, e pensar que as inevidencia com uma pedra (neste caso, uma cotovelada). Não foi, nem a frescura, nem a promoção do novo, que o próprio jorge reis avançou como razões de escolha: é, não só lícito, como exigível, que se lhe lembre que não somos estúpidos, e que a incoerência é gritante.
Quanto ao apreço do anónimo pela poesia da jovem promessa (não mais, aliás, do que eu apreciei a já editada), não deixe de esclarecer o que está em causa: o egozinho de um escritor consagrado, que podia homenagear o Daniel Faria de múltiplos modos, se o quisesse de facto (isto é, inteligentemente). Não esqueça que foi o próprio que se apresentou a concurso. O seu desejo não era ver o seu livro publicado; antes ganhar um prémio, que na sua essência a escritores como ele não se destina.
Não serviu o prémio, e isso custa-me. O meu apreço, esse sim, pelo poeta Daniel Faria, não me deixa não saber que este prémio é, de verdade, servido com a revelação de novos poetas e novas poesias. Nisto, o pior de tudo, é que quem devia zelar pela valorização do prémio, jorge reis, não o fez, apresentando razões para a sua atribuição em clara contradição com o espírito do mesmo.
O valor da poesia do peixoto, ou até do "gaveta de papéis", nada tem a ver com o caso. Quanto ao peixoto, vale apenas dizer que o seu gesto revela algo em nada conforme com certos valores, até de respeito pelos jovens escritores.