Portugal é o país dos números incertos. Nunca se encontra uma feliz coincidência entre os números do Instituto Nacional de Estatística e os do Banco de Portugal, os dos estudos realizados por agências e os do governo. O estudo de que acabam de ser divulgados os pontos essenciais pelo Ministério da Cultura e pelo Observatório das Actividades Culturais sobre a venda de livros em Portugal, também suscita observações dessas. Por exemplo, quando José Soares Neves, do Observatório das Actividades Culturais,
diz que «best-sellers a vender 400 mil ou 500 mil exemplares era algo impensável há uns anos atrás», toda a gente gostaria de saber onde estão esses 400 mil ou 500 mil exemplares...