Tomás Vasques
recordou há dias no seu blog a
Maria da Fonte a propósito do ministro Correia de Campos e das reformas na saúde. Tem razão. Por mais que o ministro tente explicar como as populações
vão ficar melhor servidas depois do encerramento de unidades de saúde, elas teimam não entender, o que dá bem uma ideia do grau de incivilidade e de má-fé das populações de Favaios, Alijó, Chaves, etc. Não menciono Anadia por respeito e sensatez. A Maria da Fonte foi explicada durante anos, pela historiografia vitoriosa, como um movimento reaccionário que impedia os enterros nas igrejas. O cabralismo e os Cabrais eram apenas faróis de civilização que as mulheres do Minho não entenderam.
Periodicamente, o fantasma da Maria da Fonte é agitado como um padrão inaceitável de revolta nos tempos modernos, em que tudo se dirime sem recorrer aos pobres rurais, que não dão votos nem contribuem para o combate ao défice; mas são mais numerosos os Cabrais e o seu sorriso final.
Aquele sorrisinho.