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Pessimismo e classe média.

por FJV, em 15.01.08


Eu percebo-te, Filipe, mas a questão não está em compreender, humanamente, a separação direitos individuais e os direitos mínimos dos indivíduos. A classe média, justamente, é a razão por que ambos falamos de direitos individuais.

Concordo contigo acerca desse recurso (estético?) ao «regresso do fascismo», que me parece ridículo, imoral e desajustado às circunstâncias e ao país. Mas temo bastante que a reacção a esse excesso dos pessimistas, como tu lhe poderias chamar, seja a normalização de toda a espécie de balbúrdias e trampolinices. Os tempos favorecem o pessimismo, como sabes. Não apenas pelo tom ou pela estética, mas por motivos reais que têm a ver com «menos carne, menos aquecimento, água no leite»; é nestes momentos que é mais fácil abdicar dos pequenos direitos individuais, que às vezes são o único sustento espiritual da classe média. Mas tens razão: vem aí o populismo; e os culpados são aqueles que não aprenderam a lição de Pedro & do lobo.

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3 comentários

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De P. a 16.01.2008 às 02:00

De uma vez por todas, a história que vem aqui a propósito é uma história do menino e do lobo (aquela em que o menino lança alertas quando não há lobo e é ignorado quando o lobo vem), e não a história do "Pedro e o lobo", em que o Pedro, desrespeitando as ordens e recomendações do avô, vai à floresta caçar o lobo.

Obrigado
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De fnv@netcabo.pt a 16.01.2008 às 11:50

teste
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De fnv@netcabo.pt a 16.01.2008 às 12:01

É mais fácil fazer cair pequenos direitos em tempos de penúria e isso aconteceu em muitos casos de tudo ou nada, tens razão e é dos livros. Mas é preciso ver se é isso que está a acontecer. A excessiva regulamentação da vida privada tem florescido em sociedades ricas - basta ver a Noruega ou os EUA - , o que obriga a uma análise mais detalhada. Por outro lado é preciso começar a estudar os novos espaços de liberdade ( parece o título do livrinho Guattari-Deleuze eheheh ...). Por exemplo, queixamo-nos muito do excesso de liberdade nos mais novos: miúdos de 12 anos embriagados, direitos "familiares" das minorias sexuais etc.
A coisa passará muito por reexaminar as relações entre a esfera pública e a esfera privada: mudaram muito..

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