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Para Além da Mágoa: Novos Diálogos Pós-Coloniais

por FJV, em 14.01.08


Uma nova geração de escritores tem emergido na narrativa contemporânea com um discurso que procura descolonizar as mágoas, as angústias, e dores que a geração anterior trouxe de África e de Timor. É necessário pensar e reflectir nestas novas trajectórias de vida e identidades, com um olhar completo. Este acto de olhar, é o projecto de escritores que procuram fazer uma leitura diferente da caminhada histórica, cultural e subjectiva do nosso passado colonial, de um modo criativo, lúcido, e equilibrado. É a língua das águas subterrâneas que enriquece este mal-estar pós-colonial, revelando sentimentos de perda e de exílio. Acolher e escutar estes novos olhares, estas novas visões em interacção com África e Timor, permite-nos dirigir e avaliar o diálogo que propomos, para além da mágoa.

Colóquio Para Além da Mágoa. Organização de Margarida Paredes (Centro de Estudos Africanos, Faculdade de Letras de Lisboa), Sheila Khan (University of Manchester / Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra) e Casa Fernando Pessoa.
22 de Janeiro de 2008 na Casa Fernando Pessoa a partir das 9h30


Presenças de  Ana Paula Tavares, Francisco Camacho, José Eduardo Agualusa, Joaquim Arena, Paulo Bandeira Faria, Margarida Paredes, Miguel Gullander e Luís Cardoso.

  • 9:30-10:00 – Apresentação do Encontro, por Francisco José Viegas e Sheila Khan
  • 10:00-12:45 – Das Narrativas do Não-Sofrimento, dos Novos Sentidos sobre a Literatura Pós-Colonial de Língua Portuguesa. Mesa orientada por: Livia Apa (professora universitária, Universidade de Nápoles L’Orientale e na Universidade de Roma La Sapienza).
  • 14:00-17:15 – Dos diálogos, e de uma Literatura Luso-Afro-Brasileira Pós-Colonial. Mesa orientada por: Inocência Mata (professora universitária, estudiosa de literaturas africanas)


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3 comentários

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De cibelefster@gmail.com a 14.01.2008 às 18:11

Muito interessante. Quando cheguei cá após o 25 de Abril, à entra na pré-adolescência, chamavam-nos retornados, embora eu que nasci lá não entendesse tal designação. Agora, anos depois voltei e voltarei mais a África , na primeira vez era uma necessidade básica de juntar duas metades de uma vida e assim recuperar a identidade, agora é mais, muito mais. É bom que se possa pensar sobre estas coisas, que alguém nos leve também a pensar para além de nós. ~CC~
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De Fernando Frazão a 15.01.2008 às 00:41

Tenho seguido atentamente a tentativa de exorcizar o síndroma colonial.
Não sei se vem a propósito mas não resisto de comentar a tristeza que me vai na alma ao ver ao ver (este fim de semana) 0 estado de abandono do Monumento ao Humberto Delgado em Vila Nueva del Fresno.
Chega-se por uma picada digna do Dakar, desapareceram os vidros que cobriam o síto onde foram encontrados os corpos e todo o Memorial ameaça ser engolido pelo eucaliptal.
As lápides dão conta dos notáveis inaugurantes. Mario Soares, Jorge Sampaio, Presidente da camara de Borba, a filha do assassinado e Presidente da Fundação com o mesmo nome.
A Fundação Humberto Delgado nem tem um mail para onde se possa mandar este protesto.
Ninguém desta gente toda tem um pingo de vergonha?
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De ViriatoFCastro a 15.01.2008 às 03:34

O caminho só pode ser este: o da escrita, das ideias, da história. É o único reduto onde acabam os complexos, as mágoas, os ódios antigos. É aqui que a palavra diáspora passa a ser de todos. O caminho afinal é feito por metades - algures no meio de um Atlântico de memórias será onde nos encontraremos.

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