por FJV, em 08.01.08
Não sei se ficou claro para todos: são 68 cêntimos por mês que o governo vai pagar aos reformados para não lhes entregar, em Janeiro, o aumento a que têm direito relativo a Dezembro. O secretário de Estado explicou na SIC essa sua tendência para a generosidade: «Não seria aceitável que os pensionistas recebessem um valor de pensão qualquer em Janeiro e no mês seguinte o valor do seu recibo de pensão era menor, diminuía.» Não seria nada aceitável. Está na cara. E quanto a juros, qual é o banco em que o governo tem conta?
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9 comentários
De José Manuel (Porto) a 09.01.2008 às 02:18
Um comentário um pouco lateral ao episódio em questão: não seria vantajoso para a maioria dos pensionistas receberem em 12 prestações mensais os actuais 14 meses? É que sem aumentos reais isso iria permitir um aumento de 16,6% na liquidez de 10 meses do ano (e, claro, uma quebra acentuada nos 2 meses com subsídio). Para quem vive 'à tangente' e está à espera dos subsídios para remendar as contas o efeito poderia ser positivo. Poder-se-ia começar numa base de livre escolha (12 versus 14 meses), podendo o sistema bancário (em especial o banco público, CGD) disponibilizar sistemas de poupança automática dos duodécimos dos subsídios de férias e Natal, de modo a satisfazer quer o sentido de aforro quer a disponibilidade à ordem. Talvez isto pareça cosmética. Mas, quem sabe, se fosse perguntado aos interessados... (este é o 2º comentário, não sei se o 1º se apagou ou chegou a ser enviado)
De FJV a 09.01.2008 às 09:00
Caro José Manuel: estou de acordo com o que escreve; mas não na substância. Isto é: €0,68 não dá para comprar certificados de aforro.