O ministro Rui Pereira, lamento informar,
tem razão neste assunto: ao contrário «do que se pensa», a vaga de crimes no Porto não traduz um aumento da criminalidade. Nem os jornalistas nem os políticos souberam distinguir entre
criminalidade e
história policial. Convinha «a certos» (como se diz no Porto, exactamente) que uma coisa se sobrepusesse a outra. Quem não entende a diferença entre as duas coisas, não entende nenhuma delas em separado.
O ministro não tem razão nenhuma é quando menciona a «mediatização». Um crime é mediático por natureza; aliás, já agora, algumas das melhores páginas de sempre na história do
Jornal de Notícias têm a ver com crime; eram de artista, bem feitas, bem desenhadas, com histórias bem contadas e sempre próximas da rua.