Tem toda a razão
LR no Blasfémias, quando diz que o episódio do BCP confirma a impotência do capitalismo português e a sua tendência para se «refugiar na asa protectora e interesseira do Estado». Só que LR acha que isso
dói. Ora, não dói coisa nenhuma. Sendo verdade que, diante da ameaça do «escândalo público», o
suposto capitalismo português «verga a cerviz, atento, venerando e obrigado», há a considerar que não há nenhum capitalismo português dessa dimensão; há é uma série de gestores e de homens ricos (e que da sua fortuna fazem único emblema de poder) que
negoceiam e aproveitam o que podem com o Estado, pai de todas as oportunidades e mãe de todos os vícios. Para se fazerem esses negócios, juizinho. Quem é que
o capitalismo português foi buscar para salvar-se, quem foi? Mas é o destino.