||| Questão básica e estruturante.Ora aí está uma questão. Um leitor do
Abrupto ficou encanitado com a ideia de festejar o
pré-acordo nupcial de Lisboa bebendo espumante. O
José Medeiros Ferreira, que foi MNE e nota essas coisas, esclarece-me: «É
Murganheira.» Se não ergo imediatamente um brinde ao acordo de Lisboa, pelo menos detenho-me nessa questão. O que deviam beber os cavalheiros? Tratando-se de um Tratado de Lisboa, seria curial beber-se vinho do Porto? Poder-se-á oferecer espumante a gente habituada a ser abastecida directamente de Reims? É assim tão bom o nosso espumante que mereça ser servido? Esta última questão parece-me importante: é, é bom. Não sei se se trata do
Murganheira Assemblage de 1995, glória do Távora e do Varosa, com dez sumptuosos anos de cave (e que merece todos os
elogios de João Paulo Martins), do fantástico
Vintage de 2002, ou ainda do
Cuvée Reserva de 1995, ligeiramente acima do
Chardonnay de 2000. Gosto destes graves problemas de diplomacia.
P.S. - E não me digam que estas coisas não merecem atenção. Vejam como são tratados os nossos cozinheiros.
[FJV]